quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
O papa Bergoglio corrige
o Padre Pio de Pietrelcina…
O Padre Pio de Pietrelcina considerou que o tamanho ideal para uma família era de oito filhos. Mas o papa Bergoglio, do alto da sua sabedoria e sapiência, vem dizer que uma família com oito filhos é uma irresponsabilidade e reprodução de leporídeos.
(De O. Braga em Perpectivas)
Legalização das drogas leves:
uma irresponsabilidade política
Pedro Afonso, Psiquiatra
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu recentemente, numa entrevista à TSF, a legalização da venda de drogas leves em Portugal e a sua venda nas farmácias. De acordo com a sua argumentação, os ganhos para os cidadãos seriam alcançados graças à diminuição de outros crimes.
Infelizmente, a sra. ministra parece desconhecer que as designadas «drogas leves» não são, na realidade, assim tão leves, já que podem provocar danos gravíssimos a quem as consome. Tomemos como exemplo o cannabis. Esta droga muito popularizada e consumida na nossa sociedade, inclusivamente por jovens, pode contribuir para o aparecimento de várias doenças psiquiátricas.
O consumo de cannabis (excluindo, obviamente, a utilização restrita dos seus derivados para alguns fins terapêuticos) aumenta o risco do aparecimento de psicoses, que impedem uma pessoa de pensar adequadamente e interferem negativamente, entre outros factores, com o rendimento cognitivo (a memória, concentração, etc.), prejudicando gravemente o funcionamento profissional e escolar.
Já há muitos anos que existem inúmeros estudos científicos que associam o consumo de cannabis à esquizofrenia. Por exemplo, em 2011, o psiquiatra holandês Jim Van Os publicou um estudo longitudinal com a duração de dez anos, tendo comprovado que o consumo regular desta droga aumenta o risco de desenvolvimento de sintomas psicóticos. Além disso, o consumo de cannabis tem sido associado a um aumento do risco de: comportamentos antissociais, ideação suicida, dificuldades no relacionamento interpessoal, consumo de outras drogas ilícitas, designadamente drogas injectáveis, etc..
Por inúmeras razões, intoxicou-se a sociedade com a ideia falsa de que as «drogas leves» não causam danos à saúde. Existe ainda uma ideologia que defende a liberalização das drogas, vendo o consumo das mesmas como um exercício de liberdade individual; o direito de qualquer um de nós fazer o que quer relativamente à sua saúde e à sua própria vida, designadamente, destruindo-a. Acontece que ninguém sofre sozinho neste processo de autodestruição, já que há pais, filhos, irmãos, amigos, etc., que também sofrem com a escolha deste caminho. Um homem não pode usar a sua liberdade para abdicar dela e se converter num escravo de uma droga que o vai destruindo. Seria, portanto, um sinal errado se o Estado promovesse a legalização e a venda nas farmácias de drogas que «matam devagarinho».
Devemos desconfiar sempre de um Estado que, com o falso argumento da liberdade individual, deixe de ser regulador, criando na lei alguns limites, devidamente justificados, aos comportamentos individuais; devemos desconfiar de um Estado que, sob o disfarce de um paternalismo permissivo, rejeita a ciência, nega irresponsavelmente a realidade de um mal e evoca critérios errados para justificar políticas que facilitam a autodestruição do ser humano.
Na verdade, se a sra. ministra deseja realmente introduzir medidas que tragam benefícios para os cidadãos, então deve promover campanhas de esclarecimento, informando com rigor científico que as «drogas leves» afinal são «pesadas». Esta medida seria muito bem vista pelos pais, professores e por muitos daqueles profissionais de saúde que lutam diariamente há décadas neste país para retirar milhares de pessoas da escravidão das drogas.
A droga não se vence passando o tráfico das ruas para a venda legal nas farmácias. Esta medida seria um sinal de fraqueza e um gesto de falsa compaixão. A verdadeira compaixão assenta em salvar pessoas, ajudando-as a recuperar o impulso natural do homem, que o leva a agarrar-se à vida, sem drogas.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
As originalidades do cardeal Kasper,
um dos que agora mandam no Vaticano
Para não pecar gravemente, seria essencial
permanecer em pecado mortal...
Nuno Serras Pereira, 15. 02. 2015
Não saberei dizer se os meus amigos já tinham chegado à conclusão que enuncio no título deste texto. Eu em virtude da minha obtusidade e retardamento mental, confesso que nunca tinha visto ou entendido essa excelsa verdade a que hoje se chegou. Mas o mais extraordinário é que a Igreja esteve errada ou andou a enganar-nos durante dois mil anos. Afinal é preciso pecar para se livrar do pecado. Aqueles chamamentos ao arrependimento e à conversão que encontramos na boca de Jesus, não passam de puras alucinações.
Se alguém cuida que deliro ou exagero autorize-me a recomendar aquela sumidade em teologia que pregou sublimemente aos Cardeais aquando de um consistório. Trata-se do Cardeal Walter Kasper, um colosso de sabedoria, que finalmente arrasou os maiores, ou melhor, todos os Doutores da Igreja, toda a multidão de Santos, todos os Concílios, todos os Catecismos, enfim, todo o Magistério. E que se manifesta, subtilmente, como a autêntica encarnação do verdadeiro Deus, uma vez que se apresenta imensamente mais misericordioso do que o próprio Jesus Cristo.
Senão vejamos. Em um dos textos no blogue do Sacerdote José María Iraburu encontramos a seguinte citação de uma obra de W. Kasper:
«Muchas personas abandonadas por su pareja dependen para el bien de sus hijos de una nueva relación y de un matrimonio civil, que no pueden volver a disolver sin imputarse una culpa. Muchas veces, después de haber tenido anteriormente experiencias amargas, experimentan en estas uniones la felicidad, un regalo del cielo» (ponencia publicada en Verlag Herder, 10-III-2014, Evangelium von der Familie, pg. 55)…
Creio que não valerá a pena abordar a segunda frase desta citação porque analisando a primeira, logo ajuizaremos do absurdo da que se lhe segue.
Muitas pessoas, escreve Kasper, que foram abandonadas pelo seu parceiro/a dependem, para o bem de seus filhos, de uma nova relação e de um matrimónio civil, que (o qual) não podem dissolver sem que lhes seja imputada uma culpa (entende-se, pelo contexto e por outros escritos do autor, que se trata de uma grave injustiça e, portanto de um pecado mortal). É também claro que o abandono de que fala se refere a pessoas baptizadas, casadas validamente pela Igreja, que se divorciaram pelo civil e se «casaram» civilmente (os impropriamente chamados «divorciados recasados»).
Desta sentença podemos concluir várias coisas:
a) Uma pessoa que foi abandonada pelo cônjuge não tem que lhe permanecer fiel, como prometeu diante de Deus nos votos solenes que fez na celebração do Sacramento do Matrimónio. Por outras palavras, a traição ou o pecado do outro/a justificam (tornam justo, moralmente lícito) o meu pecado (Se ele peca, isso conceder-me-ia, de imediato, o direito de pecar).
b) Não é somente criado um direito imediato, mas também um dever rigoroso de encontrar um outro parceiro/a para o bem dos filhos, que já tinha do verdadeiro matrimónio. Temos portanto que o estado objectivo de adultério, isto é, de pecado mortal, transforma-se milagrosamente num acto de subida virtude.
c) O sacramento do matrimónio, embora nominalmente se considere insolúvel, na prática é dado como destruído. E um dos sinais disso mesmo é que o casamento civil passa a ser considerado, esse sim, indissolúvel: « ... não podem voltar a dissolver sem que lhes seja imputada uma culpa.». Essa nova culpa, ou pecado, sucede ou porque o parceiro/a se recusa a viver com o outro/a como irmão/irmã ou/e porque foram gerados novos filhos dessa segunda relação. Daqui se conclui necessariamente que continuar em estado de pecado grave (e sendo ocasião dele, para o parceiro/a) é bom e salutar para, o impropriamente chamado/a novo/a marido ou marida (sim, este termo existe em português). É preciso pois, segundo este raciocínio, permanecer em estado objectivo de pecado mortal para não pecar mortalmente. Ignora-se, ainda, por completo, com uma indiferença gélida, o mau exemplo que se dá aos filhos, sendo ocasião de grave escândalo, isto é de ocasião de queda no pecado, para os mesmos. Como se o primeiro dever de justiça e de amor não fosse o de viver na Graça de Deus, testemunhando uma vida de santidade.
d) É surpreendente verificar que este tipo de raciocínio nunca é aplicado aos casos em que se verifica e declara que, de facto, por motivos vários, que constam do Direito Canónico, não houve Sacramento do matrimónio e que portanto o casamento foi nulo. Pois se assim fora, os pais, isto é, o pai e a mãe, que procriaram filhos, apesar de não ter havido casamento, não se poderiam separar mas tinham o dever de se casar pelo civil, continuando a viver como marido e mulher, para incorrerem na culpa de injustiçar gravemente os seus filhos. Por que será que ninguém faz esta proposta misericordiosa?
domingo, 15 de fevereiro de 2015
A bênção de Balsemão a Manuel Clemente
e as incoerências do padre Portocarrero
Pedro Paces
A propósito da elevação de Manuel Clemente a cardeal, chovem declarações e artigos, quer de padres, quer de leigos, apontando as virtudes do bispo de Lisboa.
Algumas dessas declarações e artigos revelam superficialidade dos seus autores, autênticas baratas tontas sempre disponíveis para dizer yes a tudo o que vem da hierarquia, esteja esta a cumprir a sua missão ou corrompida.
Outras declarações e artigos revelam o ir no espírito do mundo, da facilidade, de estar bem com Deus e com o diabo, de evitar confrontos com o mal, afinal do politicamente correcto. Se Sua Excelência Reverendíssima diz, vamos aplaudir e até encontrar nas suas palavras uma sapiência rara...
Outras declarações e artigos revelam evidente opo
Por fim, outras declarações e artigos revelam conluio com o «projecto Clemente», o que é bem mais grave, estando os seus autores dentro ou fora da Igreja.
O padre Portocarrero foi dos que escreveu sobre a elevação de Manuel Clemente a cardeal, hoje mesmo, no seu novo palco mediático, o Observador.
E aí, onde qualquer católico fiel e informado veria uma razão de desconfiança, o padre Portocarrero vê mérito. Diz ele que, «entre outras muitas distinções, ganhou o prémio Pessoa – que atestam a excepcional valia eclesial e intelectual do agora novo cardeal.»
Ficamos então a saber que o critério de avaliação para o reconhecimento dessa excepcional valia de Manuel Clemente se encontra na mão do Balsemão do Big Show SIC com as suas famosas coelhinhas (não confundir com as mães-coragem a que se refere Bergoglio).
E assim, pela pena de Portocarrero, Balsemão é elevado a conselheiro pontifício e, por via deste atestador, Manuel Clemente a cardeal.
O padre Portocarrero pertenceria, pensávamos nós, ao conjunto de padres mais respeitadores dos princípios da doutrina cristã. Afinal, por esta e por outras, estamos a ver que se comporta como o mundano investido em padre. Mais um.
Ver também
http://maislusitania.blogspot.
e
http://maislusitania.blogspot.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Jornalistas ou criados?
Luís Lemos
António Ribeiro Ferreira, no jornal i (13.2.2015), compõe
uma miserável peça pro-Putin, a justificar o imperialismo russo.
Já sabíamos que o fulano era um dos comensais à mesa dos
aventais.
Já sabíamos que o fulano segue a directiva do GOL a favor
do chamado «casamento» dos mariconços e fufas.
Já sabíamos que o fulano é a favor da adopção de crianças
por essa estirpe.
Já sabíamos que o fulano fala da família natural como
«famílias ditas normais».
Ficámos agora a saber que também joga xadrez no tabuleiro
de Putin.
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Fixem a cara do bicho. |
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Petição Pública de apoio aos patriotas ucranianos
Apoio à reabilitação de militares ucranianos
Para: Ex.ma
Senhora Presidente da Assembleia da República,
Ex.ma Senhora Presidente da Assembleia da República,
Os subscritores do presente Manifesto dirigem o seu apelo ao Estado Português para que subsidie os tratamentos e a reabilitação de alguns militares e combatentes-voluntários do exército ucraniano feridos no conflito armado na Ucrânia, em hospitais públicos ou privados em Portugal, em número e de acordo com as possibilidades existentes.
Estes militares, muitos de forma voluntária, arriscaram as suas vidas e à custa da sua saúde não só defendiam a integridade do seu país mas também contribuíam para que o conflito armado não se alastrasse para o resto do território da Ucrânia, não chegasse mesmo às portas da União Europeia, conseguindo evitar deslocações de refugiados para países da mesma. Eles estão a travar a luta para reestabelecer a paz na Europa.
Os peticionários têm conhecimento através das declarações das instituições governamentais ucranianas à comunicação social que 15 países recebem militares ucranianos para os tratamentos e a reabilitação. De acordo com os dados de Dezembro de 2014, setenta e três combatentes recebiam os tratamentos na Polónia, onze em Israel, oito na Croácia, quatro na Eslováquia, cinco no Reino Unido, treze na Letónia, quatro nos Estados Unidos da América, cinco na Alemanha. Vários países oferecem medicamentos e equipamento médico, deslocam os seus profissionais de saúde à Ucrânia para prestar apoio, avaliação e realização de cirurgias.
Os ucranianos valorizam o bom acolhimento que receberam em Portugal desde sempre, e agradeceram a ajuda que lhes foi dada com a sua integração, o seu conhecimento, o seu bom empenho e trabalho para o bem do país para onde vieram viver, assim foram estabelecidos laços bem fortes entre as duas nações. Esperamos que o Estado Português apoie a Ucrânia nesta altura tão difícil.
Por tudo isto os peticionários consideram essencial a colaboração e a ajuda de Portugal no tratamento e reabilitação dos militares feridos.
Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Exa., apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
Primeiros peticionários:
Iuliia Voroshylova (investigadora científica, Grupo de jovens ucranianos em Portugal «Synytsia»), Vasyl Bundzyak (padre ortodoxo de patriarcado de Kyiv, Braga), Pavlo Sadokha (Presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal), Andriy Veber (Presidente da Delegação de Vila Nova de Gaia da Associação dos Ucranianos em Portugal), Nuno Miguel Trindade Lourenço (advogado, Alenquer), Tetiana Franchuk (Grupo de jovens ucranianos em Portugal «Synytsia»), Olena Nesterenko Afonso (professora de línguas, Coimbra), Svitlana Oksyuta (professora de música, Porto), Galyna Ilyuk (professora de música, Santo Tirso), Olena Dvoininova (Directora da escola ucraniana Cirilo-Metódio em Braga, doutorada em História)
Para assinar: http://peticaopublica.com/?pi=petreabilitacao
Cientistas demonstram que o Sudário de Oviedo
tem a mesma origem
que o Santo Sudário de Turim
Marta Jiménez
A equipa de pesquisa do Centro Espanhol de Sindonologia (EDICES), em colaboração com a Universidade Católica de Murcia (UCAM), confirmaram que o Sudário de Oviedo, o pedaço de pano que envolveu a cabeça de Jesus Cristo depois da sua Paixão, contém o mesmo tipo de pólen que o Sudário de Turim, o pano que cobriu o corpo do Senhor.
O pólen chegou até aos nossos dias preso a um coágulo de sangue e provém da espécie Helicrysum, utilizada nos unguentos para envolver os cadáveres dos sepulcros judeus durante o século I da era cristã.
Alfonso Sánchez Hermosillo, director do EDICES, explicou que «este tipo de pólen tinha um preço mais elevado do que o ouro e demonstra que o cadáver recebeu o tratamento que teria recebido uma pessoa muito influente e poderosa. Segundo os Evangelhos, utilizou-se uma quantidade importante e valiosa de mirra e óleos para envolver o corpo de Jesus Cristo».
O chefe da secção de Histopatologia Forense do Instituto de Medicina Legal de Murcia, considera que a descoberta é mais uma conformidade de primeira categoria afim de associar-se à crescente lista destacada pelo estudo científico destas relíquias da Paixão, atribuída a Jesus de Nazaré.
Manchado de sangue e com algumas queimaduras de velas, este pano de forma rectangular é um dos objectos funerários que envolveram o Senhor descritos por São João no Evangelho. Este objecto, junto ao Santo Sudário, teria sido recolhido pelo apóstolo que estava com São Pedro ao descobrir que o sepulcro de Jesus estava vazio.
O Santo Sudário de Oviedo representa assim uma das relíquias mais importantes da Igreja católica que actualmente estão guardadas na Câmara Santa da Catedral de Oviedo (Espanha).
A pesquisa foi realizada através de um microscópio electrónico de varredura de última geração da UCAM. Marzia Boi, a polinóloga do EDICES, o Centro Espanhol de Sindonologia, explicou que o pólen tem a mesma forma que o encontrado no Sudário de Turim.
Da mesma maneira, a perita descarta que o pólen proceda de uma contaminação posterior à época de Cristo, uma vez que está pegado ao sangue; ou seja, chegou à relíquia, ao mesmo tempo que o sangue, não de forma aleatória em qualquer momento ao longo da sua história. Este dado é muito importante pois permite provar a autenticidade do Sudário de Oviedo, e negar que se trate de uma falsificação.
Pesquisas anteriores demonstraram vários aspectos que relacionam as duas relíquias. O Sudário de Oviedo e o Santo Sudário apresentam manchas de sangue humano do grupo AB, e além disso as manchas deste sangue encaixam-se perfeitamente com as manchas de sangue do rosto do Santo Sudário, o que só pode ser explicado se os dois panos cobriram a mesma face.
O Santo Sudário tem impresso o rosto e o corpo maltratados de um homem que coincide com a descrição do Senhor. Segundo a História da Igreja, os primeiros cristãos levaram consigo o Sudário para preservá-lo da perseguição.
Desde Jerusalém e ao longo dos séculos, atravessaram Edesa, Constantinopla, Atenas, Lirey, Chambery e finalmente, chegaram a Turim, onde hoje em dia, foi objecto de numerosas investigações, e onde encontraram que este trajecto descrito pela História da Igreja, coincide com a procedência dos 57 tipos de pólen que aparecem incrustados no tecido.
Durante a sua permanência em França em 1632, o Sudário foi recuperado de um incêndio. Isto não permite aos cientistas de hoje datar com segurança a sua origem, já que as mudanças químicas que se produzem numa reacção química como a combustão, falsificam os resultados da prova de datação com rádio C-14.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Texto do PAI NOSSO
em Aramaico transliterado
«Abvum d'bashmaia
Netcádash
shimóch
Tetê
malcutách Una
Nehuê
tcevianách aicana
d'bashimáia af b'arha
Hôvlan
lácma d'suncanán
Iaomána
Uashbocan
háubein uahtehin
Aicána dáf quinan shbuocán
L'haiabéin
Uêla tahlan l'nesiúna.
Êla patssan min bíxa
Metúl
dilahie malcutá
Uaháila
Uateshbúcta
láhlám.
ALMÍN.»terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
O Cardeal Müller adverte:
sem a fé, cresce a erva do diabo
Lorenzo Bertocchi
Si è concluso il 15 gennaio l'incontro tra i Presidenti delle Commissioni Dottrinali delle Conferenze Episcopali Europee, le task force dei vescovi che vegliano sulla custodia del «deposito» della fede. Alla presenza dei Superiori della congregazione vaticana dell'ex Sant'Ufficio, tra cui il cardinal Gherard Müller e monsignor Ladaria, i vari rappresentanti europei si sono incontrati nel cuore religioso dell'Ungheria. All'apertura dei lavori, Müller ha dato lettura di una missiva inviata da Papa Francesco dove si sottolinea l'importanza di questi organismi, «la loro responsabilità per l’unità e l’integrità della fede nonché per la sua trasmissione alle giovani generazioni».
Nella sua relazione, pubblicata dall'Osservatore romano, il cardinale Müller sottolinea che «la dottrina della fede, lungi dall’essere un sistema astratto e cristallizzato di idee e di norme, è anzitutto al servizio della vita, della vita buona che viene da Dio, della vita pienamente umana, al servizio della vita della Chiesa». E si sofferma innanzitutto su di un concetto oggi molto confuso, ma che rimane fondamentale, ossia il nesso tra verità e salvezza così come lo ricorda l'apostolo Paolo: Dio «vuole che tutti gli uomini si salvino e arrivino alla conoscenza della verità» (1 Tm 2, 4). La sorte eterna dell'uomo non è indifferente alla rivelazione della verità divina in Gesù Cristo, ma tra le due vi è come un’inscindibile connessione che richiede all'uomo una decisione. «In questo contesto dice il cardinal Müller, pare evidente la dimensione eminentemente pastorale della custodia della retta fede. Una cura pastorale che vuole veramente essere al servizio della salvezza eterna delle persone suppone una vigilanza costante circa la purezza della fede». Se non fosse così sarebbe solo una «pastorale del wellness o del comfort», collocandosi in quella scia new age che pervade la nostra cultura spirituale, ormai orientata al solo «benessere» psico-fisico più che ad una seria prospettiva salvifica ed escatologica.
Infatti, i temi trattati nella tre giorni ungherese hanno riguardato l’unicità e l’universalità salvifica di Gesù Cristo e l'annuncio del Vangelo, le questioni poste dalla teoria del genere, l’antropologia cristiana e la libertà religiosa. Tutti temi che incrociano fortemente l'attualità, il rapporto con le altre religioni, i problemi educativi dettati dall'ideologia del gender, le questioni legate alla ridefinizione del matrimonio. Il cardinal Müller affronta una serie di questioni che all'apparenza possono sembrare solo tecniche e periferiche, ma in realtà sono centrali. In riferimento al ruolo del Pontefice nella custodia e promozione della fede ha ricordato che, fermo restando il Primato, «Egli non decide secondo il proprio arbitrio, ma dà voce alla volontà del Signore, che parla all'uomo nella Scrittura vissuta ed interpretata dalla Tradizione». In questa opera la congregazione presieduta dal cardinale tedesco ha un ruolo rilevante, al punto che i documenti da essa approvati «partecipano al Magistero ordinario del successore di Pietro».
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Cardeal Gherard Müller |
C'è insomma un importante architettura a servizio della purezza della fede che è fondamentale per la vita della Chiesa. Citando sant’Ignazio di Antiochia il cardinale Müller ricorda, infatti, che il buon Pastore deve saper mettere in guardia il suo gregge «davanti alle piante velenose, cioè le eresie», che egli chiama anche «’l’erba del diavolo’». Parole che possono sembrare poco alla moda, ma se così non fosse il gregge andrebbe allo sbando e il pastore rimarrebbe solo sul pascolo.
Cristo crucificado, escândalo para
os muçulmanos e loucura para os laicistas...
Roberto de Mattei
Marcher contre la Terreur (Marchar contra o Terror), foi o título com o qual o «Le Monde», o «Corriere della Sera» e os grandes jornais ocidentais apresentaram o enorme desfile laicista de 11 de Janeiro. Nunca um slogan foi mais hipócrita do que este, imposto pelos meios de comunicação maciça como reacção ao massacre ocorrido em Paris a 7 de Janeiro.
Com efeito, que sentido faz falar de «terror» sem adicionar a este substantivo o adjectivo «islâmico»? O ataque à redacção de «Charlie Hebdo» foi perpetrado sob o grito de «Allah akbar!» para vingar Maomé ofendido pelas caricaturas, mas com uma visão bem definida do que estava por detrás das Kalashnikov terroristas: a visão muçulmana do mundo.
Só agora os serviços secretos ocidentais começam a levar a sério as ameaças de Abu Muhammad al-Adnani, contidas num comunicado multilingue difundido em 21 de Setembro de 2014 pelo diário online «The Long War Journal»:
«Conquistaremos Roma, espezinharemos as suas cruzes, faremos escravas as suas mulheres com a permissão de Alá, o Altíssimo», declarou aos seus sequazes o porta-voz do «Estado Islâmico», que não se limitou a repetir que exterminará os «infiéis» onde quer que eles estiverem, mas que revelou também o modo pelo qual o fará:
«Colocai explosivos nas suas estradas. Atacai as suas bases, irrompei nas suas casas. Cortai-lhes as cabeças. Que eles não se sintam seguros em lugar algum! Se não conseguirdes arranjar explosivos ou munições, isolai os infiéis americanos, franceses ou os seus aliados, sejam eles quem forem. Esmagai os seus crânios a golpes de pedra, matai-os à facada, atropelai-os com os vossos carros, atirai-os aos precipícios, sufocai-os
ou envenenai-os».
Ilude-se quem pensa que a guerra actual não é a que declarou o Islão ao Ocidente, mas apenas uma guerra travada dentro do mundo muçulmano, e que a única salvação consiste em ajudar o Islão moderado a derrotar o Islão fundamentalista, como escreveu o observador Sergio Romano no «Corriere della Sera» de 11 de Janeiro, apesar de ser considerado pessoa inteligente.
Na França, o slogan mais repetido é o de evitar a «amálgama», ou seja, a identificação do Islão moderado com o radical. Mas o fim comum a todo o Islão é a conquista do Ocidente e do mundo. Quem não partilhar esse objectivo não é um moderado, simplesmente não é um bom muçulmano. As divergências, quando existem, não dizem respeito ao fim, mas ao meio: os muçulmanos da Al Qaeda e do Estado Islâmico abraçaram a via leninista da acção violenta, enquanto a Irmandade Muçulmana utiliza a arma gramsciana (*) da hegemonia intelectual. As mesquitas são o centro de dinamização da guerra cultural, que Bat Ye’or define como soft-jihad, enquanto que pelo termo hard-jihad ele define a acção militar para aterrorizar e aniquilar o inimigo. Pode discutir-se, e certamente discute-se dentro do Islão, sobre a escolha dos meios, mas há unanimidade quanto ao objectivo final: a disseminação da Sharia (a lei corânica) pelo mundo.
O Islão é em qualquer caso um substantivo verbal que se pode traduzir como «submissão». A submissão para evitar o Terror, que é o cenário do futuro europeu imaginado pelo romancista Michel Houellebecq no seu último livro [«Soumission»], apressadamente retirado das livrarias francesas. Não ao Terror significa, para os nossos políticos, não à submissão violenta dos jihadistas e sim a uma submissão pacífica, que conduz suavemente o Ocidente a uma condição de inferioridade.
O Ocidente diz-se disposto a aceitar um Islão com «face humana», embora na realidade o que ele rejeita no Islão não seja apenas a violência, mas também o seu absolutismo religioso. No entanto, existe no Ocidente uma licença para matar, não em nome de valores absolutos, mas em nome do relativismo moral. Por isso, o aborto é praticado de forma sistemática em todos os países ocidentais, sem que tenha sido condenado por nenhum dos Chefes de Estado que participaram em Paris na marcha contra o Terror. Com efeito, o que é o aborto senão a legalização do Terror, do Terror promovido, encorajado e justificado pelo Estado? Então que direito têm os líderes ocidentais de se manifestarem contra o Terror?
No jornal «La Repubblica» de 13 de Janeiro de 2015, enquanto Adriano Sofri, ex-chefe da Lotta Continua (**) celebra a Europa que renasce sob a Bastilha (***), a filósofa pós-moderna Julia Kristeva (de quem o cardeal Ravasi é simpatizante), afirma que «a praça Iluminista salvou a Europa» e que «diante dos riscos que corriam, a liberdade, a igualdade e a fraternidade deixaram de ser conceitos abstractos para se encarnarem em milhões de pessoas».
Mas quem inventou o Terror senão a França republicana, que o utilizou para esmagar toda a oposição à Revolução Francesa? A ideologia e a prática do terrorismo apareceram pela primeira vez na História com a Revolução Francesa, sobretudo a partir de 5 de Setembro de 1793, quando o «Terror» foi colocado na ordem do dia pela Convenção e se tornou parte essencial do sistema revolucionário. O primeiro genocídio da História [o da Vandeia], foi perpetrado em nome dos ideais republicanos da liberdade, igualdade e fraternidade. O comunismo, que pretendeu completar o processo de secularização inaugurado pela Revolução Francesa, levou a aplicação do Terror à escala planetária, causando mais de 200 milhões de mortes em menos de 70 anos. E o que é o terrorismo islâmico senão uma contaminação da «filosofia do Corão» com a prática marxista-iluminista importada do Ocidente?
Desde a sua fundação, «Charlie Hebdo» é um jornal em que a sátira foi posta ao serviço de uma filosofia de vida libertária, cujas raízes provêm do Iluminismo anti-cristão. O jornal satírico francês tornou-se famoso pelas suas caricaturas de Maomé, mas não se devem esquecer as suas repugnantes caricaturas blasfemas publicadas em 2012 para reivindicar as uniões homossexuais. Os editores de «Charlie Hebdo» podem ser considerados a expressão extrema mas coerente da cultura relativista difundida agora em todo o Ocidente, assim como os terroristas que os assassinaram podem ser considerados a expressão extrema mas coerente do ódio que tem o vasto mundo islâmico contra o Ocidente.
Aqueles que afirmam a existência de uma Verdade absoluta e objectiva são equiparados pelos neo-iluministas aos fundamentalistas islâmicos. No entanto, é o relativismo que se equipara ao islamismo, porque ambos estão unidos pelo fanatismo. O fanatismo não é a afirmação da verdade, mas o desequilíbrio intelectual e emotivo que nasce do distanciamento da verdade. E só há uma Verdade em que o mundo pode encontrar a paz, ou seja, a tranquilidade na ordem: Jesus Cristo, Filho de Deus, em função de Quem todas as coisas devem ser ordenadas no Céu e na Terra, para que se alcance a paz de Cristo no Reino de Cristo. Este deve ser o ideal de todo o cristão, conforme ensinou o Papa Pio XI na sua encíclica Quas Primas de 11 de Dezembro de 1925.
Não se pode combater o Islão em nome do Iluminismo e menos ainda em nome do relativismo. Contra ele, só se pode opor a lei natural e divina, ao mesmo tempo negada pelas raízes do relativismo e do Islão. É por isso que devemos erguer esse Crucifixo que o secularismo e o islamismo rejeitam, fazendo dele a nossa bandeira de vida e de acção. Dizia São Paulo que «Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios» (I Cor 1, 23). Tal como o Apóstolo, poderíamos nós agora dizer: «Pregamos Cristo crucificado, escândalo para os muçulmanos e loucura para os laicistas».
(*) Métodos propostos pelo comunista Antonio Gramsci, conforme explicado no nosso artigo «A «educação sexual» e a nova perseguição «democrática», ateia e psiquiátrica»
(**) Lotta Continua (Luta Contínua) é um movimento maoista de Turim, da qual uma facção se juntou às organizações terroristas.
(***) Bastilha: Fortaleza que os republicanos franceses de 1789 consideravam um «baluarte do regime» para encarcerar opositores políticos, mas que na realidade só tinha oito prisioneiros que não eram políticos e nem sequer eram maltratados. A sua «libertação» a 14 de Julho do mesmo ano, tornou-se demagogicamente um importante feriado nacional na França, mais ou menos como o 25 de Abril foi impingido a Portugal.
Fonte:
Correspondance Européenne, 20-01-2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Jesus não fez sondagens
«Jesús no hizo sondeos cuando propuso el perdón de los enemigos, el matrimonio indisoluble, la Eucaristía y la Cruz»
Mons. Livio Melina, presidente del Pontificio Instituto Juan Pablo II, ha concedido una entrevista al portal Tempi en la que aborda la situación de la Iglesia y la moral católica en el tiempo actual. Mons. Melina asegura que «Jesús no hizo sondeos cuando propuso el perdón de los enemigos, el matrimonio indisoluble, la eucaristía o la palabra de la cruz: sabía perfectamente qué pensaban incluso los discípulos. Dijo más bien: `¿También vosotros queréis marcharos?´».
Mons. Livio Melina
(Tempi/InfoCatólica) Mons. Livio Melina (Adria, Italia, 1953) es sacerdote y doctor en teología por la Pontificia Universidad Lateranense de Roma. Fue asistente de la Congregación para la Doctrina de la Fe cuando era Prefecto el cardenal Joseph Ratinzger, quien ya siendo Papa, con el nombre de Benedicto XVI, le nombró en el año 2006 presidente del Pontificio Instituto Juan Pablo II.
El Pontificio Instituto Juan Pablo II tiene la misión de enseñar la Fe, mediante el conocimiento de la verdad del matrimonio y la familia, con el auxilio de las diversas ciencias humanas que trabajan en estos campos.
Según el cardenal de Milán Angelo Scola, el contexto histórico actual se caracteriza por un «erotismo penetrante». ¿Es la consecuencia de la llamada «revolución sexual»?
La revolución sexual se puede definir como una serie de rupturas del contexto natural y cultural en el que se vivía la experiencia del amor humano en la tradición católica: ruptura del nexo entre sexualidad y matrimonio (con una sexualidad extraconyugal); ruptura del nexo entre sexualidad y procreación (mediante la contracepción y la reproducción artificial), ruptura del nexo entre sexualidad y amor (con una sexualidad «líquida»). De este modo el sexo se ha convertido en una mina vagante omnipresente, que invade el escenario de la existencia actual con la fuerza de una autoevidencia que se impone. Recuerdo que don Giussani dijo una vez que para destruir la mentalidad cristiana del pueblo, nada más terminar la guerra los comunistas empezaron a difundir la pornografía, chantajeando así al hombre en su punto más débil. En los años sesenta Marcuse señaló el mismo fenómeno de instrumentalización del eros en la sociedad consumista avanzada, que quiere «al hombre a una dimensión»…
En efecto, se alza un fuerte prejuicio puritano sobre el cristianismo: se identifica de hecho al cristianismo con la moral, la moral con un sistema de prohibiciones, y se piensa que esta prohibiciones se dan sobre todo en el ámbito sexual, de manera que al final de esta serie de falsas ecuaciones el cristianismo se equipara a la represión sexual. Como expresó el Papa Benedicto XVI con agudeza en la encíclica Deus caritas est: se dirige al cristianismo la acusación nietzscheniana de haber envenenado la experiencias más bella y atrayente de la vida. Entra entonces una especie de complejo de culpa de los clérigos, ulteriormente acentuado por los deplorables escándalos de pedofilia. De este modo al final no solo se pide a la Iglesia el silencio sobre este tema, sino que también en la Iglesia se termina por pensar que es mejor no hablar de ello para no obstaculizar la evangelización. Y así el tema culturalmente más imponente, educativamente más decisivo, se abandona a la mentalidad mundana que invade también a los fieles, que cuando razonan sobre estas cosas ya no expresan un sensus fidelium teológicamente significativo, sino la mentalidad mundana de la que todos deberíamos convertirnos para unirnos a la novedad de Cristo, que por sí sola nos libera. Jesús no hizo sondeos cuando propuso el perdón de los enemigos, el matrimonio indisoluble, la eucaristía o la palabra de la cruz: sabía perfectamente qué pensaban incluso los discípulos. Dijo más bien: «¿También vosotros queréis marcharos?».
Entonces, ¿qué es lo que está hoy en juego?
Se deberían meditar las palabras del Papa Ratzinger en uno de sus últimos discursos: el del 22 de diciembre de 2012 para felicitar la Navidad a la curia romana. Él dijo que en las mutaciones y deformaciones que amenazan a la familia, con la pretensión de los llamados presuntos «nuevos derechos», con la redefinición del matrimonio, con la abrogación de la paternidad y la maternidad, está en juego nada menos que la identidad humana: sin las relaciones constitutivas que nos dan identidad –hijo, padre, madre, esposo y esposa, hermano y hermana- el hombre es solamente un individuo frágil manipulable por el poder. Pero la cuestión es también radicalmente teológica: porque está en juego el lenguaje originario de lo humano, del que se ha servido Dios en la Revelación para hablarnos. ¿Qué palabras nos quedarán para hablar de Dios sin el léxico de estas relaciones familiares?
Entre las cuestiones públicas más debatidas está ciertamente el tema de la diferencia/indiferencia sexual. Tan es así que, tentados por una cierta educación sentimental, sucede que también a los católicos les cuesta sostener con seguridad que el matrimonio es entre un hombre y una mujer.
La diferencia sexual, que marca al cuerpo hasta en las fibras más íntimas y lo orienta a un modo específico de relación, representa una referencia antropológica fundamental, con un marcado carácter vocacional. Es una llamada: es decir, no es solo un dato biológico casual y tampoco un factor exhaustivamente establecido en al biología. Es invitación a una respuesta y a un camino que pide educación, para asumir la forma de una unión en la que se realice el don de sí en el amor, con carácter de exclusividad, totalidad e irrevocabilidad de una promesa y con una intrínseca sobreabundancia de apertura a la vida en la procreación. La pérdida de la idea de que existe una naturaleza humana común no manipulable, que hay ligámenes originarios que dan identidad y misión a la vida (como sucede en la ideología de género), hace imposible pensar en un bien común de la sociedad. Una cosa es el respeto debido a todas las personas independientemente de su orientación sexual, otra son los derechos de la familia auténtica, base del bien común de la sociedad. ¿Cómo es posible no comprender que es la familia compuesta por hombre y mujer, radicada establemente en el matrimonio y comprometida en la educación de los hijos la que crea aquel «capital social» de comportamientos, de cultura y de virtudes sobre el que se basa el vivir juntos? ¿Cómo no entender que si falta esto se tritura el ligamen social?
Como muestran muchas respuestas al cuestionario de preparación al Sínodo de los obispos sobre la familia, sobre la moral y concepción del hombre, hay gran confusión entre los fieles. Una confusión exasperada por el bombardeo mediático tecnológico cada vez más invasivo.
La moral tiene hoy mala fama en la sociedad y también en la misma Iglesia. El discurso corriente fácilmente tiene como objetivo fácil el «moralismo». Y no sin motivo: cuando se piensa en la moral como en una serie de prohibiciones que limitan la libertad y pretenden violar la conciencia, resulta justificada una instintiva aversión. ¿Pero es de verdad esta la moral? Por otra parte, cuando no se logra distinguir entre moralismo y auténtica experiencia moral, se termina en la arbitrariedad del subjetivismo, en la subordinación a lo que establecen las estadísticas sobre la opinión predominante, o en un nuevo y más opresor legalismo de las reglas («no fumar en los parques públicos», «no ponerse obesos», «no comer carne de animales», «no tirar basura en el contenedor equivocado»…). En la raíz de esta reputación negativa de la moral está la fractura entre la persona y sus acciones. Nuestras acciones, como escribió Karol Wojtyla en Persona y acción, son expresión de nuestra persona y al mismo tiempo nos construyen, son nuestros padres, según la sugerente observación de san Gregorio de Nisa: en efecto, obrando nosotros no solo provocamos cambios en el mundo exterior, sino que nos convertimos en aquello que hacemos, cambiando antes que nada nosotros mismos con nuestras elecciones. Quien roba se convierte en ladrón y quien miente en un embustero. Nosotros no somos un sujeto abstracto construido independientemente de nuestro actuar: somos un yo-en-acción, que realiza libremente el don originario de su ser a través de sus acciones, en las relaciones con los demás y en un contexto cultural que contribuye a configurar. Por esto nuestras acciones tienen siempre una dimensión moral.
Pero la sociedad plural contemporánea está marcada por la coexistencia de diferentes visiones del mundo. ¿Cómo concebir la relación entre la moral y las leyes?
Es una pregunta crucial. En efecto la moral exige poner fundamentarse en una visión global de la vida, en una antropología, en una concepción del hombre y de Dios, mientras las leyes de nuestras sociedades pluralistas tienen necesidad de lograr el consenso de todos. Por otra parte mientras la moral tiene como perspectiva la del bien de la persona, la ley civil mira como ideal a la justicia en la convivencia entre los hombres, que es un objetivo más limitado. La llamada a compartir una serie de principios universales de justicia fundados en la razón común, aun siendo todavía teóricamente argumentable, es pragmáticamente imposible de experimentar, dado el pluralismo y la perplejidad post-moderna sobre la universalidad de la racionalidad humana. ¿Cómo proceder entonces? Me parece que se puede concordar con el cardenal Scola en dos presupuestos para una convivencia pública. En primer lugar se ha de reconocer que, más allá del pluralismo de las visiones, el hecho de la convivencia con los demás representa un bien que hay que preservar y cultivar, y esto exige respeto por la libertad y los derechos de las personas. No es libertad aquella que piensa que puede reírse de todo, también de aquello que es sagrado para el otro. En segundo lugar, sobre tantas cuestiones controvertidas, hay que recorrer pragmáticamente la vía del diálogo abierto entre las diversas identidades: la claridad de proponer la propia visión de las cosas, sin presunción de imponer la propia visión a los demás, pero también sin la censura de una laicidad sospechosa y hostil a la religión, permite una confrontación abierta en la que democráticamente podrá afirmarse la solución concreta que logrará convencer más que la propia bondad.
Frente a la difusión de la mentalidad laicista, que tiende a expulsar a Dios de la vida concreta del hombre, ¿con qué criterio los cristianos deben intentar un pensamiento y una acción pública que ofrecer a la reflexión común?
La afirmación de san Juan Pablo II de que «la fe debe hacerse cultura» no es una opción estratégica válida solo en algunos momentos históricos. Es la descripción de una exigencia intrínseca e irrenunciable de la identidad cristiana, que debe expresarse en el obrar y confrontarse con las grandes cuestiones culturales que se agitan en la sociedad. Si no lo hace, el cristiano no solo incumple su tarea específica de misión en el mundo y se transforma en sal insípido, que antes o después terminará pisoteado por los que pasan, sino que él mismo no conseguirá entender el sentido de la fe que profesa pero que ha relegado al intimismo. Él, sin darse cuenta, sobre las cuestiones antropológicamente y socialmente decisivas terminará con una sumisión a los «esquemas del mundo», como dice san Pablo y como repetía con frecuencia don Giussani siguiendo la famosa Carta a los cristianos de Occidente escrita en los primeros años setenta por el teólogo checo Josef Zverina.
Para los cristianos la razón última de la defensa de los valores es Cristo mismo.¿Por qué pueden proponerlos a los no creyentes?
En lugar de «valores», prefiero hablar de «bienes». El discurso de los valores evoca la percepción subjetiva de la conciencia, mientras que el bien es algo que objetivamente se da en la realidad y es accesible a la razón según un orden y una jerarquía. La cuestión que usted plantea se refiere al fin y al cabo al nexo entre encuentro con Cristo y experiencia de lo humano. El encuentro con Cristo se verifica en su capacidad de transformar la vida y de hacerla más conforme a lo que el corazón de cada uno espera. Y precisamente así está en grado de convencer de su conveniencia en incluso de su verdad. Es una verificación que cada persona debe hacer continuamente en los desafíos de la propia existencia y que la misma comunidad de los discípulos de Jesús con humilde fiereza puede proponer a la comunidad de los hombres. Y los hombres, también los no cristianos, pueden reconocer así que algunos bienes, que se han revelado históricamente en un contexto cristiano, corresponden verdaderamente a lo que también ellos pueden apreciar como válido y en consecuencia adoptarlos, aun sin llegar a abrazar la fe, que es la fuente de su emergencia histórica. Así ha sucedido históricamente para el valor único y el primado de la persona respecto al Estado, también a partir del testimonio de los mártires cristianos («se debe obedecer a Dios antes que a los hombres»); así ha sucedido para el matrimonio monogámico en el mundo de la Roma antigua, que ha sabido transformar la cultura permisiva de la época, que conocía, legitimaba y practicaba ya el divorcio, el aborto y la homosexualidad. La Epístola a Diogneto, antiguo texto patrístico, habla precisamente de esta «diferencia» cristiana pero también de su capacidad atractiva y transformante. Es un desafío fascinante que se presenta en toda época de la historia y siempre en formas singulares.
(Desculpem os nossos leitores de apresentarmos um texto em castelhano.)
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