Pedro Paces
A propósito da elevação de Manuel Clemente a cardeal, chovem declarações e artigos, quer de padres, quer de leigos, apontando as virtudes do bispo de Lisboa.
Algumas dessas declarações e artigos revelam superficialidade dos seus autores, autênticas baratas tontas sempre disponíveis para dizer yes a tudo o que vem da hierarquia, esteja esta a cumprir a sua missão ou corrompida.
Outras declarações e artigos revelam o ir no espírito do mundo, da facilidade, de estar bem com Deus e com o diabo, de evitar confrontos com o mal, afinal do politicamente correcto. Se Sua Excelência Reverendíssima diz, vamos aplaudir e até encontrar nas suas palavras uma sapiência rara...
Outras declarações e artigos revelam evidente opo
Por fim, outras declarações e artigos revelam conluio com o «projecto Clemente», o que é bem mais grave, estando os seus autores dentro ou fora da Igreja.
O padre Portocarrero foi dos que escreveu sobre a elevação de Manuel Clemente a cardeal, hoje mesmo, no seu novo palco mediático, o Observador.
E aí, onde qualquer católico fiel e informado veria uma razão de desconfiança, o padre Portocarrero vê mérito. Diz ele que, «entre outras muitas distinções, ganhou o prémio Pessoa – que atestam a excepcional valia eclesial e intelectual do agora novo cardeal.»
Ficamos então a saber que o critério de avaliação para o reconhecimento dessa excepcional valia de Manuel Clemente se encontra na mão do Balsemão do Big Show SIC com as suas famosas coelhinhas (não confundir com as mães-coragem a que se refere Bergoglio).
E assim, pela pena de Portocarrero, Balsemão é elevado a conselheiro pontifício e, por via deste atestador, Manuel Clemente a cardeal.
O padre Portocarrero pertenceria, pensávamos nós, ao conjunto de padres mais respeitadores dos princípios da doutrina cristã. Afinal, por esta e por outras, estamos a ver que se comporta como o mundano investido em padre. Mais um.
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http://maislusitania.blogspot.
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