Heduíno Gomes
O imperialismo grão-russo avançou na Ucrânia com os
argumentos próprios de qualquer imperialismo. Com os mesmos argumentos,
ameaça todos os vizinhos. Em nome da luta contra o ISIS, avança na Síria.
Amanhã, em nome da chuva em qualquer lado ou de um sismo na Nova Zelândia,
avançará onde o deixarem.E o Ocidente, atado por uma presidência americana
irresponsável e por políticos medíocres e capitulacionistas da União
Europeia, continua a ceder terreno.
E o Ocidente, atado por uma presidência americana
irresponsável e por políticos medíocres e capitulacionistas da União
Europeia, continua a ceder terreno.
Entretanto, os saudosistas dos sovietes continuam a
apoiar a «pátria do socialismo».
Entretanto, a extrema-direita, fã da violência e do
primarismo anti-ocidental, transforma Putin em herói.
Entretanto, alguma direita cega, nomeadamente
monárquica, iludida com alguns aspectos folclóricos como são as alusões ao
czarismo, também apoia Putin, preocupando-se mais com pompas e brasões do que
com o bem comum dos russos e respeito pelos seus vizinhos.
Entretanto, alguns católicos deixam-se
entusiasmar com algumas posições morais de Putin, esquecendo — diga-se que
com toda a incoerência — a sua imoralidade global, nomeadamente o belicismo, o
terror sanguinário, a cleptomania ou a solução do seu povo em vodka.
Perante esta ameaça, como deve proceder o Ocidente?
A Europa precisa ainda mais.
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