domingo, 20 de setembro de 2015


O Ocidente anda a dormir


Heduíno Gomes

O imperialismo grão-russo avançou na Ucrânia com os argumentos próprios de qualquer imperialismo.  Com os mesmos argumentos, ameaça todos os vizinhos. Em nome da luta contra o ISIS, avança na Síria. Amanhã, em nome da chuva em qualquer lado ou de um sismo na Nova Zelândia, avançará onde o deixarem.E o Ocidente, atado por uma presidência americana irresponsável e por políticos medíocres  e capitulacionistas da União Europeia, continua a ceder terreno.

E o Ocidente, atado por uma presidência americana irresponsável e por políticos medíocres e capitulacionistas da União Europeia, continua a ceder terreno.

Entretanto, os saudosistas dos sovietes continuam a apoiar a «pátria do socialismo».

Entretanto, a extrema-direita, fã da violência e do primarismo anti-ocidental, transforma Putin em herói.

Entretanto, alguma direita cega, nomeadamente monárquica, iludida com alguns aspectos folclóricos como são as alusões ao czarismo, também apoia Putin, preocupando-se mais com pompas e brasões do que com o bem comum dos russos e respeito pelos seus vizinhos.

Entretanto, alguns católicos deixam-se entusiasmar com algumas posições morais de Putin, esquecendo — diga-se que com toda a incoerência — a sua imoralidade global, nomeadamente o belicismo, o terror sanguinário, a cleptomania ou a solução do seu povo em vodka.

Perante esta ameaça, como deve proceder o Ocidente?

Os Estados Unidos precisam de outro Reagan.

A Europa precisa ainda mais.






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