domingo, 5 de janeiro de 2014

Um buda no Canal Q


Heduíno Gomes

O Canal Q entrevistou o padre-poeta Tolentino (3.1.2014), a actual coqueluche intelectual dos católicos progressistas e da maçonaria, que anda com ele nas palminhas.

O homem fala como um profundo poço de sabedoria. Pronuncia frases imperceptíveis, ocas, sem sentido, mas não faz mal: supõe-se ser poesia. E quando se consegue descortinar uma ideia no que diz, então aí é de arrepiar.

O tema da conversa foi o seu propósito de «diluir as oposições entre o sagrado e o profano»Vindo isto de quem vem, já sabemos o que significa este seu esforço:  sagrar o profano e dessacralizar o sagrado.



O padre-poeta é um autêntico charco de relativismo. Pensamento que seria normal num irmão de avental, coisa estranhíssima num padre. E ainda por cima com a mania de que é intelectual. É a «modernidade» e a «fraternidade» que nos invade. O próprio entrevistador, admirado com a avançada conversa do padre-poeta, ou então a puxar-lhe pela língua, lhe perguntou se não receava ser «tratado como relativista».

E aí, o padre-poeta dá mais um passo (compreensível…) em frente. Respondendo à observação do entrevistador, diz o padre-poeta que «o Evangelho é mais um livro de perguntas do que de resposta».

Isto significa que, para o padre-poeta, as coisas se passam ao contrário do que qualquer cristão esperaria. Jesus, o ignorante, perguntaria. Ou então, Jesus, o desagradado com os espartilhos de Moisés, sugeriria a dúvida, poria em causa esses espartilhos. E depois estariam cá os Tolentinos sábios para responder às «perguntas» do ignorante ou desagradado Jesus no Evangelho. E então, como se exige no pensamento subjectivista e relativista, cada Tolentino poderia responder à sua maneira. Por outras palavras, cada Tolentino criararia as suas próprias regras de vida, as suas próprias normas morais.

Já sabíamos que o padre-poeta preconiza tal doutrina anticristã. Aqui o temos a confirmá-la. O que não podemos deixar de notar é que tal pensador é, nada mais, nada menos, o responsável da Igreja portuguesa pela culturaParabéns a quem lá o mantém com tais responsabilidades.





Sem comentários: