quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Quem foram os Reis Magos?
Louís Dufaur
Um antigo documento conservado nos Arquivos Vaticanos lança uma certa luz, embora indireta e sujeita a caução, sobre a pessoa dos Reis Magos que foram adorar o Menino Jesus na Gruta de Belém. A informação foi veiculada por muitos órgãos de imprensa e páginas da Internet.
O documento é conhecido como «A Revelação dos Magos». Provavelmente ou algum «apócrifo», nome dado aos livros não incluídos pela Igreja Católica na Bíblia. Portanto, não são «canónicos», apesar de poderem ser de algum autor sagrado.
http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/2013/01/quem-foram-os-reis-magos.html
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
sábado, 27 de dezembro de 2014
A última entrevista de Francisco
Padre Nuno Serras Pereira
Eu estou errado com certeza, mas com alguma frequência, confesso (esperando que a Misericórdia mais que infinita do Papa Francisco me perdoe), fico com a impressão que o Papa Francisco, principalmente nas entrevistas, tanto diz uma coisa como o seu contrário (embora às vezes não o afirme e negue explicitamente, mas o insinue.) Por exemplo, na recente entrevista que deu a «La Nación», um jornal argentino, a determinada altura diz o seguinte: «Você (a entrevistadora) pode perguntar-me ‘mas há alguns que são completamente obstinados (burros, néscios – «tercos») nas suas posições’. E, sim, haverá alguns assim. É questão de rezar para que o Espírito os converta, se é que houve alguns (obstinados).»
Mais adiante: «Que fazemos com eles (os «divorciados recasados», aspas minhas), que porta é que lhes podemos abrir? Tratou-se de uma inquietação pastoral: então damos-lhes a comunhão? Não é uma solução dar-lhes a comunhão. Isso somente, não é a solução. A solução é a integração.»
Eu continuo errado, sem dúvida, mas quando Francisco continua «explicando» o que é a integração: «No están excomulgados, es verdad. Pero no pueden ser padrinos de bautismo, no pueden leer la lectura en la misa, no pueden dar la comunión, no pueden enseñar catequesis, no pueden como siete cosas, tengo la lista ahí. ¡Pará! ¡Si yo cuento esto parecerían excomulgados de facto! Entonces, abrir las puertas un poco más.»; confesso que fico inteiramente boquiaberto e perplexo. De facto, há inumeráveis coisas que podem fazer e já fazem na Igreja (que não são permitidas aos excomungados), mas Francisco ignora essa imensidade fixando-se tão somente em sete (7) coisas! Tanto mais que esses impedimentos (como ao fixar-se inteiramente nos «casados recasados» o parece) não são somente aplicados aos impropriamente chamados divorciados recasados mas a todos aqueles que publicamente vivem em estado de pecado grave.
Depois contínua com esta afirmação assombrosa que me deixa estarrecido, fraqueza minha, já se sabe: «¿Por qué no pueden ser padrinos? ‘No, fijate, qué testimonio le van a dar al ahijado’. Testimonio de un hombre y una mujer que le digan ‘mirá querido, yo me equivoqué, yo patiné en este punto, pero creo que el Señor me quiere, quiero seguir a Dios, el pecado no me venció a mí, sino que yo sigo adelante’. ¿Más testimonio cristiano que ése?» Por outras palavras, talvez cruas mas verdadeiras, continuo a fornicar adulteramente com aquele que não é meu marido, mas o pecado não me venceu. Aliás, transformou-se num modelo de testemunho cristão. Adeus arrependimento, adeus conversão, coisas inúteis e perniciosas, pelos vistos. Um Papa, afirmando isto de pessoas que vivem em estado de adultério, foi coisa que nunca pensei ouvir (e isto aterra-me ao ponto de pedir ao Senhor que se tem um lugar no Purgatório para mim, me leve antes de que venha a topar com uma decisão nesse sentido). Vive objectivamente em pecado, nele permanece e nada faz para mudar e diz que não foi vencida pelo pecado! E a Santa Igreja confirma-a no seu perverso erro! Se eu fora um demónio, exultaria de alegria (isto que escrevo será provavelmente por estar possesso, pelo que devem dar o devido desconto... )! É obra!, se não lesse não acreditaria! A não ser, claro, que Francisco subscreva, o que me parece impossível, a heresia de Kasper, em contradição flagrante com as afirmações de Deus feito homem de que é uma injúria dizer que os «divorciados recasados civilmente» vivem em estado de adultério. De facto, só será possível advogar tal tese se se considera que não existem pecados sexuais quando entre adultos e consentidos ( o que significaria a rendição da Igreja à revolução sexual); ou então que o casamento civil (e, talvez, a geração de filhos nesse pseudocasamento) têm o mesmo efeito que a Confissão Sacramental e que o Sacramento do Matrimónio. Uma vez que a Doutrina de Cristo na Sua Igreja sempre ensinou que os pecados graves, para os baptizados, exceptuado o perigo de morte iminente, só se perdoam pela Confissão Sacramental, teríamos aqui um novo Sacramento, não instituido por Cristo, mas sim por W. Kasper.
Na minha mesquinha e insignificante inteligência, se é que ainda me sobra alguma, também não entendo a preocupação com um número reduzidíssimo de pessoas homossexuais que justifique uma atenção tão grande em dois Sínodos. A não ser que seja para esclarecer os Bispos das tirânicas e ditatoriais investidas globais da seita profundamente corrupta, sim Santo Padre, corrupta, lgbtqi que tem cúmplices activos na Igreja. Mas receio que, pelo contrário, possa vir a servir também para confirmá-los no seu estilo de vida. É isso que de algum modo já acontece nalgumas paróquias, e «pastorais» de algumas Ordens religiosas, com destaque para a Companhia de Jesus. Também poderão, estamos a falar de «gays» publicamente activos, receber a Sagrada Comunhão, ser padrinhos, catequistas, leitores, etc. Afinal deles também se poderá dizer que temos de distinguir «entre a situação objectiva de pecado e as circunstâncias atenuantes», o que aliás já consta na exortação «A alegria do evangelho». Claro que, devido ao meu estado de demência profunda, me preocupa que se faça disso um princípio geral, sem mais, a ponto de se relegar, como parece, para um plano insignificante a liberdade e responsabilidade pessoais e, ainda, de esvaziar a potência eficaz da Graça de Deus.
Com a invasão de «gays» activos nas comunidades e organismos eclesiais a enfeminização da Igreja aprofundar-se-á afastando ainda mais os homens que já não se revêem nas medriquices actuais. Depois, instalar-se-á uma polícia da linguagem, que previna e persiga toda e qualquer expressão condenatória quer do adultério quer da «homossexualidade» porque serão tidas como desmisericordiosas. Procurar-se-á, em seguida, depurar a leitura da Sagrada Escritura das passagens que condenam esses pecados, uma vez que serão consideradas ofensivas e descaridosas. Evidentemente, no processo de racionalização, passará a ensinar-se que as condenações da sodomia e do adultério não fazem parte da Revelação, sendo tão somente expressões históricas de uma dada cultura primitiva e retrógada. Bem pode quem me lê achar que exagero mas a verdade é que estas coisas já se ensinam em realidades eclesiais, inclusive, em Universidades jesuítas. Aproveito para dizer que conheço pessoalmente quem tenha sido ameaçado, da parte de Sacerdotes, com denúncias judiciais só por ensinar aquilo que o Catecismo da Igreja Católica diz sobre estas questões (não foi em Portugal, por enquanto).
Acresce que aqueles que na Igreja desobedeceram e desobedecem ao que o Magistério da Igreja sempre ensinou sobre estas questões (o Papa S. João Paulo II, no final da sua vida, lamentava-se de ter sido enganado por alguns que nomeou para o episcopado. A quem se referiria?) serão os primeiros a exigir uma obediência absoluta não admitindo, caso isto vá adiante, que nenhum Sacerdote denegue a Sagrada Comunhão a quem quer que seja. Serão vilipendiados, perseguidos, canonicamente penalizados, tidos como fariseus hipócritas, empedernidos, agarrados à letra dos evangelhos, cerrados às surpresas de Deus. Essa gente tão misericordiosamente implacável que à semelhança dos que adiantam «causas fracturantes» insiste, persiste, teima, durante décadas, até conseguir a «abertura», transforma-la-á, imediatamente, numa fechadura inviolável que não mais se pode pôr em causa, feita um superdogma contra o qual nada pode a Escritura Sagrada nem a Tradição nem o Magistério passado. Seria a «canonização» da carta de divórcio de Moisés, deixando este de ser entendido como um percursor apontando para Jesus Cristo e transformando-o no Modelo que Cristo, afinal, tinha deturpado. Moisés, o verdadeiro Deus feito homem; o castigo de Sodoma e Gomorra sinais claros, como ensinava Marcião, de um Deus Maligno e cruel.
Obviamente que as coisas não serão enunciadas do modo que aqui descrevo; tudo será mascarado como uma linguagem delicodoce e para lá das intenções subjectivas de alguns, que poderão ser as melhores, a verdade é que a lógica insita em tais mudanças conduziria inexoravelmente a tais desfechos.
Não se contentando com aquilo que já adiantara, Bergoglio acrescenta: «O si viene uno de estos estafadores políticos que tenemos, corruptos, a hacer de padrino y está bien casado por la Iglesia, usted lo acepta? ¿Y qué testimonio le va a dar al ahijado? ¿Testimonio de corrupción?»”. Deus do Céu!, um Papa, ainda que esteja a falar não como Pastor universal mas como doutor privado, atirar assim com um argumento ad hominem!? Acresce que é impossível que não saiba que se são comprovadamente corruptos não poderão nem ser padrinhos nem receber a Sagrada Comunhão. Não entendo como é que alguém com as responsabilidades que tem possa lançar assim uma supeição generalizada. Nem percebo como é que para Bergoglio pareça existir verdadeiramente um só pecado, e imperdoável, o da corrupção.
Graças a Deus nunca pensei sequer por um instante deixar o Sacerdócio e confio que o Senhor me continuará a guardar. Mas uma coisa já decidi. Caso, o que não creio, estas coisas forem para diante, pedirei imediatamente dispensa de celebrar a Eucaristia em público e de atender em confissão quem não conheça para não me ver obrigado a profanar estes Divinos Mistérios. À honra de Cristo. Ámen.
Overton: como aceitar uma coisa intolerável
Cristina Mestre
Muitos de nós conhecem os métodos através dos quais os políticos e os seus assessores de imprensa influenciam a opinião pública. Digamos que isso já é um dado adquirido nas chamadas democracias ocidentais e, por isso, por vezes somos cépticos em aceitar propostas políticas, que tantas vezes são criadas artificialmente nos gabinetes das empresas de assessoria.
Ora essas «tecnologias» parecem brincadeiras de crianças comparadas com uma relativamente recente (desenvolvida nos anos 90) que tem por objectivo tornar aceitável na sociedade algo que, antes, era totalmente inaceitável e intolerável.
Trata-se da Janela de Overton, um modelo de engenharia social criado por Joseph P. Overton (1960–2003), ex-vice-presidente de um think tank norte-americano chamado Mackinac Center for Public Policy (Centro Mackinac para Políticas Públicas).
Overton criou um modelo para demonstrar como um pequeno grupo de pensadores, (think tank) pode mudar de forma intencional e gradual a opinião pública. A Janela de Overton é o conjunto de ideias «aceitáveis» num dado momento na sociedade.
A gradação das opiniões da sociedade em relação a determinado tema vão desde:
Intolerável (impensável);
Radical;
Aceitável;
Sensato;
Consensual;
Consagrado em políticas públicas.
Esta gradação corresponde a uma outra: proibido, proibido com ressalvas, neutro, permitido com ressalvas, permitido livremente.
Os think tanks constituem conjuntos de pessoas que produzem e divulgam opiniões fora da Janela de Overton com a intenção de tornar a sociedade mais receptiva a tais ideias e políticas públicas.
Quando esse grupo de fazedores de opinião quer promover uma ideia que está fora do que a opinião pública considera razoável, ou seja, que a sociedade não aceita, ele pode adoptar uma série de procedimentos graduais que farão as pessoas mudar completamente de ideias em pouco tempo.
Assim, através da sua acção nos media, vai-se introduzindo no discurso público ideias a princípio consideradas inaceitáveis, radicais, impossíveis de implementar, mas que, com a sua exposição ao público, passam de inaceitáveis a toleráveis e, posteriormente – na última fase – são consagradas na legislação.
Aplicando o modelo à vida política, constata-se que numa sociedade existe um conjunto de temas políticos que não causam polémica, ou seja, de entre todas as políticas públicas possíveis, há um conjunto delas que é aceite pela maioria da população sem que haja grandes debates. Esta é a Janela de Overton.
Como já dissemos, a posição da janela não é imutável, sendo que ela pode ser manipulada para introduzir novos temas ou mesmo excluir temas que já foram aceitáveis. Os políticos que desejem ter mais hipóteses de ser eleitos apenas devem assumir posições políticas que se encaixem dentro da Janela de Overton.
Para entender como a opinião pública pode ser mudada gradualmente costuma-se usar o exemplo do casamento gay (e também da eutanásia infantil). Durante anos, a Janela de Overton esteve na área do proibido, a sociedade não podia aceitar a ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com a constante exposição dos argumentos pró-gay nos media, a janela foi-se deslocando para proibido com ressalvas, depois para neutro, até chegar onde está hoje: permitido com ressalvas. Em breve será permitido livremente. Para que haja o deslocamento da Janela de Overton para posições que sejam de interesse de determinados grupos é aplicado um esforço altamente profissional, que faz parte do que se convencionou chamar de engenharia social. Este esforço é assegurado por um enorme número de especialistas em opinião pública: técnicos, cientistas, assessores de imprensa, relações públicas, institutos de pesquisa, celebridades, professores, jornalistas, etc..
Muito curioso é o facto de tais temas (casamento gay, eutanásia) já não nos causarem estranheza. Como se viu, eles já passaram por todo o processo de conversão de «inaceitável» em «consagrado na legislação».
Mas um conhecido cineasta russo, Nikita Mikhalkov, no seu vídeo-blog Besogon. TV, propõe-nos, para compreender melhor este processo, um tema que ainda é intolerável na sociedade: o canibalismo.
Creio que o facto de ter escolhido uma prática que hoje é totalmente proibida e inaceitável facilita a nossa compreensão de como as coisas se processam ou poderão processar. Há ainda outros temas que hoje a sociedade não tolera mas que pode vir a tolerar, como a eutanásia infantil ou o incesto.
Segundo ele, o deslocamento da Janela de Overton no que toca ao canibalismo poderá passar pelas seguintes etapas:
Etapa 0 – É o estado actual, o tema é inaceitável, não se discute na imprensa ou em geral entre as pessoas.
Etapa 1 – O tema passa de «completamente inaceitável» para apenas «radical». Alegando que deve haver liberdade de expressão e que não deve haver tabus, o tema começa timidamente a ser discutido em pequenas conferências, onde se obtém uma declaração de um cientista respeitável, promove-se o debate «científico». É criada, digamos, uma Associação de Canibais Radicais, que passa a ser citada nos media. Aqui o tema deixa de ser tabu, é introduzido no chamado espaço informativo.
Etapa 2 – O tema do canibalismo passa de «radical» para a área do «possível». Os cientistas continuam a ser citados, é criado um nome elegante: já não há canibalismo mas sim, por exemplo, «antropofagia». Posteriormente este termo passa também a ser considerado ofensivo e a prática começa a ser designada, suponhamos, por «antropofilia». O objectivo é desligar a forma da designação do seu conteúdo. Paralelamente é criado um precedente histórico de apoio. Pode ser um facto mitológico, um facto actual ou apenas inventado mas, o mais importante, é que contribua para legitimar a prática. O principal objectivo desta etapa é retirar parcialmente a «antropofagia» da ilegalidade, nem que seja num único momento histórico.
Etapa 3 – Passa-se da fase do «possível» para a fase do «racional» ou «neutro». São apresentados argumentos como «necessidade biológica». Afirma-se que o desejo de comer carne humana pode ser genético, «próprio da natureza humana». Em caso de fome grave, de «circunstâncias insuperáveis», uma pessoa livre deve ter o direito de fazer escolhas. Não se deve esconder a informação para que todos possam assumir que são «antropófilos» ou «antropofóbicos».
Etapa 4 – Na opinião pública é criada uma polémica artificial sobre o tema. A sua popularização apoia-se não só em personagens históricas ou mitológicas mas também em figuras mediáticas actuais. A antropofilia começa a entrar massivamente nas notícias, nos talk-shows, no cinema, na música pop, nos videoclips. Um dos métodos da popularização é o chamado «olhe à sua volta». Por acaso você não sabe que um conhecido compositor é antropófilo?
Etapa 5 – Nesta etapa o tema é lançado no top da actualidade: começa a reproduzir-se automaticamente na imprensa, no show business e… na política. Nesta etapa, para justificar os adeptos da legalização, é utilizada a «humanização» dos adeptos, («são pessoas criativas», «os antropófilos são vítimas da educação que tiveram», «quem somos nós para os julgar?»
Etapa 6 – Nesta fase, a prática passa de «tema popular» para o plano da «política actual». Começa a ser preparada a base legislativa, aparecem grupos de lobby, publicam-se pesquisas sociológicas que apoiam os adeptos da legalização. Introduz-se um novo dogma – não se deve proibir a «antropofagia». Aprovada a lei, o tema chega às escolas e jardins de infância e, consequentemente, a nova geração já não conhece como poderá pensar de forma diferente.
Como disse acima, este exemplo sugerido pelo cineasta Nikita Mikhalkov não deixa de ser hipotético.
No entanto, não teria sido assim que todas as «novas práticas», impensáveis há poucas décadas, entraram na nossa sociedade e se tornaram aceitáveis aos olhos de toda a gente?
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
O grande ausente do sínodo: a contracepção
Vários casais foram convidados para participar no recente Sínodo Extraordinário que decorreu no Vaticano em Outubro, como auditores, sem direito a voto, para partilhar as suas experiências no terreno com os padres sinodais.
Um casal brasileiro, Arturo e Hermelinda Zamperlini, mostraram de forma impressionante como a contracepção é o contexto segundo o qual os muitos problemas que dizem respeito ao casamento devem ser compreendidos. A sua experiência coincide certamente com os factos das famílias católicas noutras partes do mundo.
Pelas suas palavras: «Devemos admitir sem medo que muitos casais católicos, mesmo os que procuram viver o seu casamento de forma séria, não se sentem na obrigação de usar os métodos naturais [de planeamento familiar]… A isto acresce que normalmente não são questionados sobre o assunto pelos seus confessores… Em geral não consideram que seja um problema moral».
Os Zamperlini pediram ao Papa e ao sínodo que clarificassem e propagassem os ensinamentos da encíclica do Papa Paulo VI, Humanae Vitae. Um dos padres sinodais, o Cardeal Andre Vingt-Trois de Paris, apoiou-os, indicando que existe um novo «paradigma» (uma nova «norma»?) para os casais católicos: «Tudo isto tem consequências para a prática sacramental dos casais que frequentemente não encaram o uso de métodos contraceptivos como um pecado e, por isso, tendem a não confessar o facto e recebem comunhão sem problemas».
O relatório final do sínodo menciona brevemente a contracepção no parágrafo 58, recomendando os «métodos naturais do regulamento da natalidade». Mas a frase final, traduzida para inglês, levou a algumas interpretações ambíguas. No italiano lê-se: «Va riscoperto il messaggio dell’Enciclica Humanae Vitae di Paolo VI, che sottolinea il bisogno di rispettare la dignità della persona nella valutazione morale dei metodi di regolazione della natalità», e o inglês diz: «we should return to the message of the Encyclical Humanae Vitae of Blessed Pope Paul VI, which highlights the need to respect the dignity of the person in morally assessing methods in regulating births.» [devemos regressar à mensagem da encíclica Humanae Vitae, do beato Paulo VI, que sublinhou a necessidade de respeitar a dignidade da pessoa na avaliação dos métodos naturais de regulação dos nascimentos.]
Os padres sinodais referem-se, como é evidente, à insistência de Paulo VI no Humanae Vitae de que os métodos de regulação dos nascimentos deviam respeitar a dignidade pessoal. Por exemplo, o parágrafo 17, que diz: «É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada.»
No final do Sínodo Extraordinário, Nicole Winfield, uma jornalista da Associated Press, propôs uma interpretação diferente: «No documento sinodal final os bispos reafirmaram a doutrina, mas disseram ainda que a Igreja devia respeitar os casais na sua avaliação moral dos métodos contraceptivos» [ênfase acrescentada]. Por outras palavras, ela interpreta os bispos como dizendo que precisamos de respeitar a dignidade da pessoa no acto de avaliar que métodos usar para regular os nascimentos, que é tudo uma questão de consciência individual. Se uma pessoa e o seu confessor acharem que a pílula não tem problema, tudo bem, respeitamos essa decisão.
Esta interpretação errada pode bem coincidir com a opinião geral dos casais católicos (e dos seus confessores) e ser a razão pela qual a vasta maioria dos católicos não se opõe à contracepção. Se for o caso, muitos dos assuntos familiares/maritais discutidos no sínodo têm como «denominador comum» as práticas contraceptivas generalizadas. Isto devia ter um efeito sobre as deliberações do sínodo.
Arturo e Hermelinda Zamperlini |
Alguns exemplos:
- Se um casal divorciado nunca pretendeu estar aberto à procriação, o casamento é inválido aos olhos do Direito Canónico, pelo que uma declaração de nulidade poderá mesmo parecer desnecessária.
- Se um cônjuge num casamento válido decidir usar contraceptivos para evitar ter filhos, e o esposo não consentir, isto deve ser razão suficiente para declarar a nulidade do casamento?
- Se os casais estiverem a praticar sexo antiprocreativo, como é que podem julgar consistentemente os homossexuais que também o fazem? Ou proibi-los de casar?
- Se um casal que coabita estiver a usar contracepção, deve isto ser um impedimento ao casamento sacramental?
- Quando se fala em admitir uma pessoa em união irregular à comunhão, o factor contraceptivo deve ser tido em conta? Ou já não é relevante?
Esta prática (chamada praxis in foro interno, i.e. que diz respeito ao «foro interno» da consciência) foi aprovada em 1973 pela Congregação para a Doutrina da Fé, mas restringido em 1981 pelo Papa João Paulo II na sua exortação apostólica Familiaris Consortio.
Numa exortação apostólica de 2007 o Papa Bento XVI (que em 1972, enquanto teólogo, tinha manifestado algum apoio à prática), afirmou que o Sínodo da Eucaristia de 2005 «confirmou a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura (Mc 10, 2-12), de não admitir aos sacramentos os divorciados recasados, porque o seu estado e condição de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia».
Mas pelos vistos o forum internum continua a ser utilizado frequentemente pelos confessores não só para permitir a comunhão a divorciados e recasados, mas também o uso de contraceptivos.
Vale a pena sublinhar que os padres sinodais que se mostraram favoráveis à admissão de católicos divorciados e recasados à comunhão não abordaram o tema da contracepção, que seria um impedimento adicional. Talvez estivessem a partir do princípio que a maioria dos divorciados e recasados, ao contrário de muitos dos outros católicos, evitariam a contracepção.
O Sínodo Ordinário da Família e Evangelização de 2015 terá uma nova oportunidade para abordar estas questões, que a Igreja, como os Zamperlinis disseram, e com razão, precisa de confrontar claramente e directamente.
http://www.actualidadereligiosa.blogspot.pt/2014/12/o-grande-ausente-do-sinodo-contracepcao.html#.VJN4A14g0
É Natal!
É Natal! Jesus volta a nascer!
Renasce, cada ano, no querer…
na esperança de homens desiguais…
e encontra, cada vez, menos Amor,
cada vez menos Fé…mais guerra e dor,
cada vez menos Natal nos seus natais!...
São quase impessoais nossos presentes…
Nas famílias, há mais filhos ausentes,
mais lareiras vazias… E os velhinhos,
de corações contritos p’las lembranças,
entre esperas infindas e andanças,
adivinham, de longe, mil carinhos...
No Natal, ainda há chocolates
e perú, bolo-rei e abacates…
e pais-natais magrinhos de capuz…
e a magia de eléctricos sem cobrança!…
Mas, sempre, no olhar duma criança,
a Estrela espelha a sua luz!...
M. Fátima Mendonça, 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Evolucionismo:
A farsa de Charles Darwin
Mauro Corrêa
Descobertas
científicas desmentem a teoria evolucionista,
oposta ao criacionismo.
oposta ao criacionismo.
As nossas
escolas insistem em ensinar o Evolucionismo
como um facto indiscutível.
como um facto indiscutível.
Desde as primeiras séries dos nossos estudos vimos
sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem
da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais do
colégio.
No entanto, um grande número de escolas norte-americanas
está excluindo dos seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um facto
certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no
Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente.
Paleontologia: faltam
evidências
São extraordinárias as falhas e incongruências da
teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores,
pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da
ciência. A paleontologia é actualmente o principal argumento contra tal teoria.
Observando o documento fóssil, fica claro a
existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo.
Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da
escala biológica.
Esse aumento da complexidade das formas de vida no
decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionistas como um
argumento a favor das suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e
tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um
filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até às actuais.
Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a
evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres
mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos
hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de
transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra,
sucessivamente.
No que dependesse de Darwin seria assim.
Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos
perdidos ¾ entre as espécies.
Essa descontinuidade no registo fóssil é tão
contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que «talvez
fosse a objecção mais óbvia e mais séria» à sua teoria. A confirmação
da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas
passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos.
Quando vemos o aparecimento de novidades
evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso
ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja
ligações entre esses novos grupos e os seus antecessores. Até porque, em alguns
casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de mais de 100
milhões de anos.
O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos
micro-organismos, director da Escola Internacional de Genética Geral e
professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da
Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’evoluzionismo, afirmam
nesse sentido que: «é constrangido-se a reconhecer que os fósseis não
dão mostras de fenómeno evolutivo nenhum… Cada vez que se estuda uma categoria
qualquer de organismos e se acompanha a sua história paleontológica… acaba-se
sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção
exactamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos
ter a conexão genealógica com uma raíz progenitora mais primitiva. A partir do
momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este facto não pode
ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um
fenómeno primordial da natureza.»
O exemplo mais gritante de descontinuidade no
registo fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era
geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de
micro-organismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente,
o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar,
crustáceos, medusas, moluscos… Esse fenómeno é tão extraordinário que ficou
conhecido como «explosão cambriana».
Ora, se a evolução fosse uma realidade, o
surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria
imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre
os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca
foi encontrado nada no registo fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum
evolucionista ignora.
Outro facto é que os organismos permanecem sempre
os mesmos, desde quando surgem, até à sua extinção e quando muito, apresentam
variações dentro da própria espécie.
Ainda mesmo que um animal apresentasse
características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo
real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos.
A riqueza das informações fósseis vem servindo
contra os postulados evolucionistas. Várias hipóteses de sequências evolutivas
foram descartadas ou modificadas, por se tratarem de alterações no registo
fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte).
O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier,
vislumbrou, nessa sucessão hierárquica dos seres vivos, ao invés de uma
evolução, uma confirmação da ideia bíblica da criação sucessiva. As grandes
durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as
especulações dos evolucionistas, fornecem, muito pelo contrário, objecções.
Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a
criação em seis dias no Génesis, tem o cuidado de não interpretar dia como
intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como
sendo luz, e luz dos anjos testemunhando a
criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente
de uma medida de tempo.
O mistério dos fósseis vivos.
Outra objecção à filogénese (evolução genealógica)
é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies,
géneros e famílias a atravessarem muitos «milhões de anos» (nas contas dos
evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionistas
gostariam de encontrar?
O celacanto é um peixe que aparece em estratos de
há 300 milhões de anos. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do
começo da era cenozóica, isto é, até há 60 milhões de anos. Pensava-se que o
celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de
anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram
pescados no Oceano Índico.
Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de
anos até aos nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionistas, ao
longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis,
e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizámos a contagem de
tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses
números que buscam justificar a evolução).
Os foraminíferos e radiolários são seres
unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas
rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que
aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos
extinguiram-se ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior aos nossos
dias.
Também facto científico estranho à Teoria.
Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais
unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se
transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história
biológica? Grande mistério…
Selecção natural: mecanismo
anti-evolução
Alguém poderia perguntar: e a selecção natural,
ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo
das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece
que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das
árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam
«evoluído», tornando-se escuras.
Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um
nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de
negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie
só ocorre por estar «contida» no seu material genético e a variação dar-se-á
nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que
aconteceu com as mariposas inglesas.
Elas eram claras e tornaram-se escuras porque no
seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As
mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a
nascer mariposas claras.
Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a
selecção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos num meio ambiente
variante. E à medida que possibilita a predominância das características mais
vantajosas ou superiores num determinado meio, torna os indivíduos mais
parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela
trabalha como uma força conservadora.
Além disso, se a evolução existisse realmente, a
selecção natural encarregar-se-ia de barrar o seu processo, pois os seus
mecanismos de actuação são antagónicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma
característica nova (patas, asas, olhos…) não se beneficiaria enquanto ela não
estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Porquê a
selecção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa
característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que lhe deu
origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em
desenvolvimento.
Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de
peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um
peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por
exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque as suas
nadadeiras estariam a converter-se em patas. Pois bem, a selecção natural
encarregar-se-ia de eliminá-las, por a sua debilidade.
O golpe derradeiro: a genética
Quando ficou patente que a selecção natural por si
só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas
como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista.
As mutações constituem a única hipótese
potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não
ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o
gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito.
Erros de leitura do DNA – o que é realmente
raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA
modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado
porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna
neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre
negativos.
Com efeito, não há registo de mutações benéficas e
a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Nos
seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por
exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas
doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes
correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas,
teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse
homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Génesis.
A genética, ao invés de corroborar a hipótese
evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um
organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgan
com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito
bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou
desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função
nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos
olhos e pêlos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre
letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao
vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento
realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são
desconhecidos.
Darwin fraudou
E se a realidade não colabora, pior para ela, diria
Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do
evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro «As expressões das
emoções no homem e nos animais» foi utilizada uma série de fotografias forjadas
a fim de comprovar as suas hipóteses.
E ainda recentemente foi descoberto mais um
embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse
achado como sendo a ligação entre as actuais aves e os dinossauros. Não passava
de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis.
O evolucionismo não é científico!
Estamos
diante de um facto insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de
Darwin aos nossos dias, não só não se confirmou, mas tornou-se cada vez mais
insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como um
verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de
discordar, apesar do seu inteiro despropósito.
Porquê
tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção dos seus
propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa
das suas cartas a Marx: «o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia
não estava destruída em algumas das suas partes, e agora isso acaba de
acontecer».
Reside
nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar Deus. Desde
a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de dotar o
ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies.
Atribuir
ao acaso toda a ordem perfeita e harmónica do universo é um inteiro disparate.
O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros
científicos (em nome dos quais ele fala) e lança mão de argumentos filosóficos
que a própria ciência já desmentiu.
É
impossível admitir o acaso como resposta para um fenómeno tão manifestamente
racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin
sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas
serviam: «estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor
esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como o vemos, seja
resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada
como desígnio divino.»
Por
tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de
científica. A obstinação e a atitude dos seus adeptos demonstram que o
evolucionismo consiste num movimento filosófico e religioso.
É uma
concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um
eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até
à religião, foi fruto da evolução, inclusive a ideia de Deus.
Essa
teoria espalhou-se para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências
humanas. E os seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas
também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de fundamento para as
mais mortais concepções de Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo.
O
evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Facto
esse, aliás, o único capaz de explicar o porquê de se defendê-lo com tanta
contumácia, pois, uma vez derrubado este bastião, não há nada que justifique a
ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas.
Enfim,
encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino,
em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim
inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. «Vemos
que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam
em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou frequentemente do
mesmo modo, para conseguirem o que é óptimo; donde resulta que chegam ao fim,
não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo
arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por
um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas
a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.»
domingo, 14 de dezembro de 2014
Prémio Pessoa:
Henrique Leitão reconhecido
pelo sistema abrilista
L. Lemos
A maçonaria, os totós úteis que a servem
e a intelligentia do regime abrilista decidiram atribuir o
Prémio Pessoa ao intelectual Henrique Leitão, prémio antes atribuído, com
uma ou outra excepção, ao que por cá de pior se fabrica em pensamento.
Terá sido por acaso ou por engano?
Não! O tipo está, intelectualmente falando, no papo!
Dantes, eu pensava que ele era um simples católico confuso a falar de ciência
mas percebi que o tipo estava no papo do regime ao ouvir os seus disparates no
dia 10 de Junho de 2014, frente ao monumento aos combatentes do Ultramar, num
desastrado discurso de intelectualóide cinzentão do sistema abrilista.
Acrescente-se que o Leitão é um disfarçado mas realmente
fervoroso endeusador da ciência e adepto da fábula do «bom» evolucionismo.
Parafrasendo Salazar a propósito da Maria de Lurdes
Pintassilgo*, o Leitão é um peixinho cinzento a nadar em água benta.
O meu comentário a propósito do discurso do Leitão no 10
de Junho.
Boa leitura!
sábado, 13 de dezembro de 2014
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Castro foi a Moscovo
Putin
foi a Cuba e ficou impressionado com o número de pessoas de sapatos com solas
furadas, rasgados em cima, etc. Estranhou que, depois de passados 40 anos de
«melhorias», as pessoas ainda estavam assim. Perguntou a Fidel a razão disso.
Fidel, indignado, respondeu com uma pergunta:
— E na Rússia, não é a mesma coisa? Vai-me dizer
que lá toda a gente tem sapatos novos?
Putin respondeu a Fidel dizendo-lhe que fosse à
Rússia para verificar. E se encontrasse um cidadão qualquer com sapatos
furados, tinha a permissão para matar essa pessoa.
Fidel tomou um avião e foi para Moscovo. Quando
desembarcou, depois de mais de duas semanas de vôo (o avião era de 5.º do
mundo), a primeira pessoa que viu estava com sapatos rasgados e furados,
parecendo ter pertencido ao avô. Não titubeou. Tirou a pistola e matou o
sujeito. Afinal, tinha permissão do seu colega Putin para fazer isso.
No dia seguinte as manchetes dos jornais russos
anunciaram:
ПРЕЗИДЕНТ БУШ ВАШ посла Кубы ваэропорту.
(PRESIDENTE DE CUBA MATAO SEU EMBAIXADOR NO AEROPORTO.)
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