O prémio, que reconhece a
sua «luta contra a discriminação religiosa no Mundo Ocidental»,
será entregue na celebração das III Jornadas sobre Liberdade Religiosa que a
AIS organiza e acontecerá nesta sexta-feira às 16:00 horas na Universidade CEU
San Pablo de Madrid.
O caso de Nadia Eweida,
cristã copta do Reino Unido, repercutiu-se nos média quando em 14 de Janeiro de 2013 o
Tribunal Europeu de Estrasburgo deu a sentença a seu favor no processo feito
contra a British Airways por tê-la demitido por usar uma cruz no pescoço. A
empresa alegava que usar um crucifixo prejudicava o conceito de marca da
empresa.
O tribunal sustentou
que «os tribunais não respeitaram o equilíbrio entre o desejo da demandante de
manifestar a sua crença religiosa e o desejo do seu empregador de projectar uma
determinada imagem corporativa». Do mesmo modo, a sentença sublinha que «outros
empregados da linha aérea britânica tinham sido autorizados a usar objectos
religiosos como turbantes ou hiyab, sem nenhum impacto negativo sobre
a imagem da British Airways».
A linha aérea ofereceu a
Eweida um trabalho como administradora onde «não teria que usar uniforme nem
teria contacto com clientes», ao que ela se negou. Finalmente, a demandante voltou
para a sua função em Fevereiro de 2007 quando a companhia mudou a sua política
para permitir a exibição de símbolos religiosos.
O Arcebispo
de Bukavu defende os direitos humanos e a paz
Nas Jornadas participará
também
o
Arcebispo de Bukavu (R.D. do Congo), Dom François-Xavier Maroy, que foi um dos
principais defensores da paz e dos Direitos humanos na região dos Grandes Lagos
da África Oriental. Maroy teve que fazer frente a várias guerras civis que
assolaram a zona leste do Congo, com «graves represálias» para a Igreja,
conforme informa AIS.
Actualmente, o prelado
continua a denunciar a violência e a lutar contra a pobreza, a AIDS e outras
doenças, assegurando que «a Igreja é a única organização politicamente neutra
que pode ajudar todos a ter um futuro melhor».
A apresentação do acto está
a cargo da presidente da AIS –
Espanha, Pilar Gutiérrez Corada, e a seguir, acontecerá a conferência «Testemunhos
de perdão e reconciliação dos mártires da perseguição religiosa espanhola
(1931-1939)», dada pelo sacerdote Jorge López Teulón, postulador da Causa dos
Servos de Deus da Província Eclesial de Toledo e da Diocese de Ávila.
Haverá um breve colóquio, o
bispo de Getafe, Joaquín María López de Andújar, fará a sua exposição sobre «A
liberdade religiosa à luz da revelação e da Doutrina Social da Igreja».
Seguindo-se a entrega do II
Prémio pela Liberdade Religiosa no Mundo, Dom Maroy Rusengo falará sobre «Os
católicos do Congo: necessidades, sofrimentos e esperanças». Depois desta
palestra haverá um testemunho sobre a dificuldade de viver a fé cristã na
China.
Para fechar a sessão,
intervirá a doutora Soha Abboud Haggar, professora titular da Universidade
Complutense de Madrid, que falará sobre a «Situação actual dos cristãos no Egipto,
Síria e Libano». A Jornada encerrará com uma Via Lucis pelos cristãos perseguidos.
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