Numa audiência
pública no fim do ano passado, 126 organizações civis, sociais e não
governamentais da Federação Russa e da Ucrânia aprovaram a «Resolução de São
Petersburgo Sobre os Rumos Anti-Família das Nações Unidas». Alexey Komov
(representante do Congresso Mundial das Famílias na Rússia e na Comunidade dos
Estados Independentes) teve um papel importante na elaboração da Resolução, que
dispõe, entre outras coisas:
«Estamos convencidos de que a família natural (tradicional), traçada na natureza humana e baseada na união voluntária de um homem e de uma mulher na aliança vitalícia do casamento, cujo propósito é a geração e criação de filhos, é a unidade colectiva natural e fundamental da sociedade’».
«O lugar da família
na história e na vida de todas as sociedades humanas é absolutamente única, e
nenhuma outra forma de relacionamento doméstico pode ser vista como de igual
valor e estatuto. Qualquer tentativa de prever igualdade de estatuto para
qualquer outra forma de relacionamento doméstico, em especial as uniões entre
pessoas do mesmo sexo, é socialmente destrutiva».
«Estamos convencidos
de que a família tradicional, o casamento, a geração e a educação dos filhos
são elementos inseparáveis uns dos outros».
«A separação
artificial da geração e da educação de filhos da família tradicional, da vida
familiar e do casamento viola os direitos genuínos da criança e causa a
destruição de qualquer sociedade».
«Estamos convencidos
de que as crianças possuem um direito inato de nascerem na sua família natural (tradicional),
de um homem e uma mulher casados, e de viverem com os seus pais e serem criadas
por eles, ou seja, com o seu pai e a sua mãe naturais. Mãe e pais são o modelo
de vida para seus filhos, principalmente no que concerne à vida familiar, que
obedece à natureza humana».
«Estamos seriamente
preocupados com as acções de algumas organizações internacionais nos últimos
anos, agindo contrariamente aos interesses de povos soberanos e manipulando a
noção de 'direitos humanos' para criar artificialmente os assim chamados
direitos que antes eram desconhecidos e não possuem fundamento na natureza
humana nem na natureza da sociedade, como ‘direito ao aborto’ e o ‘direito de
escolher sua orientação sexual e identidade de género’. Na realidade, não
existem tais direitos no direito internacional, seja por uma obrigação
decorrente de tratado ou pelo direito internacional público costumeiro».
«Em particular,
estamos bastante preocupados com o facto de que hoje, sob o pretexto de
defender os direitos das crianças sob uma interpretação ilogicamente ampla e
alguns ‘direitos humanos’ recentemente fabricados (como os ‘direitos sexuais’),
com o apoio da ONU e de seus organismos, a cultura tradicional da vida familiar
(que inclui a educação das crianças nesse contexto) está a ser sistematicamente
destruída por muitas pessoas, incluindo algumas do nosso próprio país».
«Insistimos em que
os Estados devem respeitar o papel e a posição única que os pais naturais
(biológicos) possuem nas vidas das crianças. Quaisquer interpretações de
qualquer posição dentro do direito internacional ou nacional devem reflectir a
suposição natural de que os pais naturais costumam agir de boa fé e conforme os
interesses dos seus filhos. Os direitos dos pais com relação aos seus filhos
são naturais e não 'concedidos’ a eles pelo Estado ou por qualquer organismo
nacional ou internacional».
«Temos também uma
grande preocupação a respeito da recusa em proteger o direito à vida da criança
no útero sob o pretexto do invertido ‘direito ao aborto’ da mulher. Estamos
cientes de que ‘no que concerne aos factos científicos, uma nova vida humana
começa na concepção’ e que ‘desde a concepção, cada criança é, por natureza, um
ser humano’. Crianças em gestação são seres humanos e, portanto, há uma
obrigação dos Estados sob o direito internacional de proteger as suas vidas da
mesma forma que a de qualquer ser humano. Ao mesmo tempo, não existe um direito
ao aborto no direito internacional, seja por meio de tratado ou pelo direito
internacional público costumeiro».
Entre os 126
signatários estavam: Representante do Congresso Mundial das Famílias na
Federação Russa; filial regional de São Petersburgo do movimento público «União
das Mulheres Russas – A Esperança para a Rússia»; filial regional de Tula da
organização pública «Pela Vida e Defesa dos Valores Familiares»; Irmandade
Cossaca em Nome e Exaltação da Cruz; Comissão Pública em Defesa da Família,
Infância e Moralidade da Cidade de Sarov em Oblast de Níjni Novgorod; Centro
Médico e Educacional Ortodoxo «Zhizn» em São Petersburgo; Grupo de Trabalho no
Parlamento Russo pela Defesa das Famílias e das Crianças; organização pública
«Comunidade de Grandes e Adoptivas Famílias da Rússia - Muitos Filhos é algo
bom!»; União dos Advogados Ortodoxos; Organização Desportiva e Patriótica «Rus»
e Organização Pública «Ucrânia Cristã».
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