sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O sínodo alemão coloca uma lápide na doutrina social da Igreja

 

Stefano Fontana

Muito já foi escrito sobre o carácter revolucionário do sínodo alemão. Não diz respeito apenas à Igreja alemã, porque terá uma forte influência em todas as Igrejas do centro e do norte da Europa e também atrairá muitas Igrejas latino-americanas.

As principais alterações contidas nos documentos preparatórios dizem respeito à moralidade sexual . O texto preparatório de 4 de Setembro de 2020, destinado aos trabalhos das conferências regionais, apresenta inúmeras rupturas com a moral tradicional.

Em primeiro lugar, afirma-se que «a abertura à transmissão da vida não é decisiva para cada acto individual, mas deve ser afirmada no desenvolvimento global de uma relação de casal empreendida com dedicação e com base na durabilidade». Esta abordagem faz parte da doutrina da «opção fundamental» condenada pela Veritatis splendor. Noutra parte do documento de trabalho, a importância da abertura para a vida é reiterada, mas a passagem que acabamos de ver enfraquece o seu alcance e abre caminho para excepções.

Em segundo lugar, lemos: «A fertilidade deve ser entendida no sentido mais amplo da faculdade, possível apenas na união sexual de uma mulher com um homem, para gerar uma nova vida. Ampliamos o conceito de fecundidade para além da abertura para uma nova vida e atribuímos uma dimensão social e pessoal à fecundidade de cada ser humano. Os casais do mesmo sexo e outros tipos de casais que não conseguem gerar uma nova vida também carregam o potencial de uma vida fecunda». Essas observações não se limitam aos casais heterossexuais estéreis, mas também a todos os casais homossexuais e legitimam a maternidade ou paternidade «intencional» que está por trás da destruição das figuras parentais por meio da fertilização artificial.

Em terceiro lugar, o documento de trabalho retoma um dos conceitos centrais da Exortação Amoris laetitia, isto é, que as leis morais não são preceitos ou ordens, mas indicações de um ideal a respeito do qual os homens se encontram em posições diferentes em decorrência da sua fragilidade e fraqueza, de modo que uma situação uma vez definida como pecaminosa poderia, em vez disso, ser a perfeição máxima possível nas suas relações. Consequentemente, «vemos no casamento a forma preferida, mas não única, de vivenciar o amor e a sexualidade no relacionamento». Os valores determinantes são indicados na durabilidade, fidelidade, exclusividade e harmonia («Reconhecemos a dignidade das diferentes orientações sexuais e diferentes identidades sexuais, bem como as relações de casal que se baseiam na durabilidade, fidelidade e exclusividade»), que são elementos sem conteúdo e, portanto, aplicáveis a qualquer conteúdo.

O sínodo alemão também abordará outros tópicos, mas mesmo demorando apenas neles, pode-se ver que uma lápide foi colocada sobre a doutrina social da Igreja. O tema da sexualidade é de fundamental importância para ela, pois está ligado ao casamento, à família, à procriação, à educação. Os três princípios inegociáveis de vida, família e liberdade de educação baseiam-se na sexualidade. A família é baseada na sexualidade, entendida como célula da sociedade, como sociedade natural e não apenas como agregação social. O sentido público e não privado da relação de amor entre um homem e uma mulher fundamenta-se na exclusividade do casamento como cenário de um exercício verdadeiramente humano da sexualidade, sentido público que não pode ser reconhecido no casal homossexual.

A sexualidade é a origem da sociabilidade e da sociedade e todos os discursos sobre este tema dizem respeito também à doutrina social da Igreja. A privatização das crianças, que decorre de uma privatização total da sexualidade, degrada o ser humano desde o primeiro momento e é contraditório, dadas essas premissas, exigir o seu aprimoramento posteriormente. A sociedade que perde o conceito de dignidade da pessoa no momento inicial da procriação e do uso correcto da sexualidade humana está destinada a sofrer uma ferida nas origens que não pode ser curada posteriormente. Se a responsabilidade for removida da sexualidade, como será possível encontrá-la noutras esferas subsequentes da vida social? Se, como no texto dos bispos alemães, falamos de consciência, responsabilidade e autodeterminação apenas no sentido subjetivista, não haverá mais espaço para normas públicas baseadas no direito natural; e a mesma autoridade política estará vinculada por um respeito indistinto por uma dignidade abstrata da pessoa, a ser entendida de forma tão vaga que seja adequada a todas as situações da vida.

Podemos então dizer que o sínodo alemão poderá colocar uma lápide na doutrina social da Igreja, porque nega a sociabilidade da sociedade desde o início, isto é, na sexualidade humana.



 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A Espanha à beira do precipício

 

Gonçalo Dorotea Cevada 

(extractos) 

Triste, assustador e perigoso, e qualquer semelhança com a Venezuela de Chávez e Maduro não é pura coincidência.

Corria o ano de 1992 e o então major venezuelano Hugo Chávez aventurou-se numa tentativa de golpe de Estado militar que o condenou a dois anos de prisão.

Quatro anos mais tarde, em 1998, o mesmo Hugo Chávez, numas eleições democráticas, ganhou e tornou-se presidente daquele país.

Chávez percebeu que as revoluções contemporâneas já não se faziam com tanques e armas, com ameaças de morte ou exílios forçados, mas, antes, «por dentro» e legitimadas por eleições e processos eleitorais democráticos.

Outros, com maior ou menor pudor, e, claro, com maior ou menor sucesso, seguiram-lhe o caminho: Evo Morales, na Bolívia, e Cristina Kirchner, na Argentina, são exemplos.

Ora, em todos estes fenómenos houve um resultado comum: um nível de corrupção e de concentração de poderes nunca antes vistos em estados considerados democráticos.

No entanto, o exemplo de Hugo Chávez não se limitou, nem se limita, à América Latina.

Em 2013, numa entrevista à televisão pública venezuelana, Pablo Iglesias definiu o país sul-americano como um «exemplo democrático».

Um ano antes, num tweet entretanto eliminado, Alberto Garzón afirmou que «o único modelo de consumo sustentável e com desenvolvimento humano Cuba».

Hoje, em 2020, Pablo Iglesias e Alberto Garzón são, respectivamente, Vice-Presidente e Ministro do Consumo do governo espanhol. 

Os perversos, mas inteligentes, dirigentes do Unidos Podemos cedo perceberam que a sua revolução só ultrapassaria a utopia da rua, das Portas do Sol e das salas de aulas de Ciência Política da Complutense de Madrid chegando ao governo e ao Palácio da Moncloa.

E assim foi, com dois detalhes não menos importantes: primeiro, financiados ilegalmente por narco-ditaduras; e, segundo, manipulando a opinião pública com a invenção de casos judiciais, apresentando-se como vítimas de realidades paralelas e construídas pelos mesmos.

Ainda assim, e com o pior resultado eleitoral de sempre do partido de extrema-esquerda radical, Pablo Iglesias fez xeque-mate ao PSOE e conseguiu, por fim, um lugar cimeiro no Conselho de Ministros do governo espanhol.

Uma vez no poder, o guião, que nem precisou de ser traduzido, chega a confundir-se com o da Venezuela de Hugo Chávez.

Primeiro objectivo (este ainda em curso): silenciar e vilipendiar a oposição com insultos do tipo «fascistas» e «franquistas», pelo simples facto de os outros acharem que retirar os restos mortais de um ditador desaparecido há mais de 40 anos não é um assunto relevante para a Espanha do século XXI, onde o desemprego está prestes a ultrapassar a barreira dos 15% num país com mais de 40 milhões de habitantes.

Segundo objectivo (este aparentemente falhado): adoptar uma postura de confronto declarado a qualquer meio de comunicação social independente que não siga a narrativa imposta por si e pelo actual governo.

Sobre este ponto, o executivo espanhol chegou a exigir, durante a Primavera de 2020, que qualquer jornalista presente nas conferências de imprensa sobre a Covid-19 em Espanha enviasse as suas perguntas de maneira prévia, para que estas fossem revistas e selecionadas pelo chefe de gabinete de Pedro Sanchéz, o sinistro Iván Redondo, qual Ministro da Verdade orwelliano.

Esta tentativa de silenciamento falhou porque vários jornalistas e vários meios de comunicação social de referência, como El Mundo e o ABC ameaçaram boicotar esta tentativa (...)

Terceiro objectivo (este entretanto atingido): ocupar o lugar de topo no Conselho Nacional de Segurança do Estado espanhol.

Com isto, Pablo Iglesias controla hoje todos os segredos de Estado e acede a toda e qualquer informação de segurança considerada classificada. Um perigo, portanto.

Quarto objectivo (este ainda em curso): debilitar o Estado e todas as suas instituições democráticas resultantes (e devidamente sufragadas pelo povo no referendo à Constituição de 1978) da transição para a democracia no final dos anos 70.(...)

Quinto objectivo (este é ainda um copo meio cheio, meio vazio): controlar a Justiça.

Parte já foi conseguido com a nomeação de Dolores Delgado, até há um ano Ministra da Justiça do governo de Pedro Sanchéz e hoje Fiscal General del Estado (o equivalente português à Procuradoria-Geral da República).

Uma espécie de braço armado do Executivo de esquerda numa função que se quer independente e apartidária.

E, mais recentemente, alterar a forma como são nomeados os 20 vogais do Consejo General del Poder Judicial – de onde sai o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (...)

Ora, a proposta surgiu no início desta semana e defende que os 20 juízes passem a ser eleitos por maioria absoluta simples, isto é, metade mais um, em vez da actual maioria qualificada de 3/5 no parlamento espanhol e no senado.(...)

Algo gravíssimo e que, quando visto noutras geografias da Europa, como na Polónia – acusada de destruir o que ainda resta do Estado de Direito naquele país – fez soar todos os alarmes e todas a críticas (e bem!) de Bruxelas e do Partido Socialista Europeu.

A oposição espanhola e várias associações de juízes já vieram anunciar que recorrerão a todas as instâncias judiciais domésticas e europeias para travar uma lei que, no seu espírito, não pretende mais do que matar o princípio da separação de poderes, da independência dos magistrados e do Estado de direito.

Tudo isto, no meio de uma pandemia, onde Espanha lidera todos os rankings de falecidos, de doentes e de profissionais de saúde infectados com a Covid-19.

Tudo isto, no meio de uma crise económica e social sem precedentes: o FMI e a OCDE colocam Espanha como a economia desenvolvida que mais riqueza perderá em 2020, com uma queda do PIB perto dos 15% e com uma taxa de desemprego de guerra que não se recuperará até 2026.

Esta semana, o Banco de Espanha alertou para o crescimento do risco de pobreza e que esta poderá atingir 11 milhões de pessoas no final deste ano.


Triste, assustador e perigoso, e qualquer semelhança com a Venezuela de Chávez e Maduro não é pura coincidência.

É antes consequência e resultado da mesma cartilha que não vale, além de criar Estados falhados, falidos e que multiplicam a inflação, a pobreza e a fome a um ritmo assustadoramente industrial.





sábado, 17 de outubro de 2020

Itália: Defender fronteiras nacionais acaba em julgamento

   Giulio Meotti
, 15 de Outubro de 2020

Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista
e escritor italiano.

  • Esta é a primeira vez que um tribunal de justiça da Europa é provocado para julgar um ministro, que deveria ser o responsável pela segurança de um país, por manter migrantes num porto enquanto se aguarda uma redistribuição de recém-chegados na Europa... Até então, a Europa não tinha apresentado à Itália a mínima ajuda.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

CARTA DO ARCEBISPO CARLO MARIA VIGANÓ AO PRESIDENTE DONALD TRUMP

Dies Iræ, 7 de Junho de 2020

Carta do Arcebispo Carlo Maria Viganò
ao Presidente Donald Trump
A pedido do Arcebispo Carlo Maria Viganò, o Dies Iræ traduziu e publica uma carta
que Sua Excelência Reverendíssima dirigiu, neste domingo da Santíssima Trindade,
ao Presidente Donald Trump.


7 de Junho de 2020
Domingo da Santíssima Trindade

Senhor Presidente,

Estamos a assistir, nestes meses, à formação de dois lados que definiria Bíblicos: os filhos da luz e os filhos das trevas. Os filhos da luz constituem a parte mais conspícua da humanidade, enquanto que os filhos das trevas representam uma minoria absoluta; todavia, os primeiros estão sujeitos a uma espécie de discriminação que os coloca numa situação de inferioridade moral em respeito aos seus oponentes, que ocupam frequentemente lugares estratégicos no Estado, na política, na economia e até nos media. Por um fenómeno aparentemente inexplicável, os bons são reféns dos ímpios e daqueles que os ajudam por interesse ou por temor.

Estes dois lados, enquanto bíblicos, repropõem a clara separação entre a estirpe da Mulher e a da Serpente. Por um lado, existem aqueles que, embora com mil defeitos e fraquezas, são animados pelo desejo de fazer o bem, ser honestos, constituir uma família, empenhar-se no trabalho, dar prosperidade à Pátria, socorrer os necessitados e merecer, na obediência à Lei de Deus, o Reino dos Céus. Do outro lado encontram-se aqueles que se servem, não têm princípios morais, querem demolir a família e a Nação, explorar os trabalhadores para enriquecerem indevidamente, fomentar as divisões internas e as guerras, acumular poder e dinheiro: para eles, a ilusão falaciosa de um bem-estar temporal revelará – se não se arrependerem – a tremenda sorte que os espera, longe de Deus, na danação eterna.

Na sociedade, Senhor Presidente, coexistem estas duas realidades opostas, eternas inimigas como eternos inimigos são Deus e Satanás. E parece que os filhos das trevas – que facilmente identificamos com aquele deep state ao qual Vossa Excelência se opõe e que ferozmente combate ainda nos nossos dias – quiseram descobrir as próprias cartas, por assim dizer, mostrando, enfim, os seus planos. Estavam tão certos de que já tinham tudo sob controlo, que haviam deixado de lado aquela circunspecção que, até agora, ocultava, pelo menos parcialmente, as suas verdadeiras intenções. As investigações já em andamento revelarão as verdadeiras responsabilidades daqueles que geriram a emergência COVID, não apenas no âmbito sanitário, mas também político, económico e de mediático. Descobriremos provavelmente que, mesmo nesta colossal operação de engenharia social, existem pessoas que decidiram o destino da humanidade, arrogando-se o direito de agir contra a vontade dos cidadãos e dos seus representantes nos governos das Nações.

Também descobriremos que os motins destes dias foram provocados por aqueles que, vendo desaparecer inexoravelmente o vírus e diminuir o alarme social da pandemia, tiveram necessariamente de provocar desordens porque, posteriormente, se segue a repressão que, embora legítima, será condenada como uma injustificada agressão à população. O mesmo está a acontecer na Europa, em perfeita sincronia. É bastante evidente que o recurso aos protestos de rua é fundamental para os propósitos daqueles que desejam ver eleita, nas próximas eleições presidenciais, uma pessoa que personifique os objectivos do deep state e que dele seja expressão fiel e convicta. Não será surpreendente saber, em poucos meses, que, por trás dos actos de vandalismo e da violência, se escondem novamente aqueles que, na dissolução da ordem social, esperam construir um mundo sem liberdade: Solve et Coagula, ensina o adágio maçónico.

Mesmo que possa parecer desconcertante, os lados que mencionei também se encontram no campo religioso. Há Pastores fiéis que sustentam o rebanho de Cristo, mas também mercenários infiéis que tentam dispersar o rebanho e dar as ovelhas em alimento a lobos vorazes. E não é de surpreender que estes mercenários sejam aliados dos filhos das trevas e odeiem os filhos da luz: tal como existe um deep state, também existe uma deep church que trai os próprios deveres e nega os seus compromissos diante de Deus. Assim, o Inimigo invisível, que os bons governantes combatem na coisa pública, é combatido pelos bons pastores no campo eclesiástico. Uma batalha espiritual sobre a qual também falei no meu recente Apelo lançado no passado dia 8 de Maio.

Pela primeira vez, os Estados Unidos têm em si um Presidente que defende corajosamente o direito à vida, que não se envergonha de denunciar as perseguições aos Cristãos no mundo, que fala de Jesus Cristo e do direito dos cidadãos à liberdade de culto. A sua participação na Marcha pela Vida e, mais recentemente, na proclamação do mês de Abril como National Child Abuse Prevention Month são gestos que confirmam de que lado deseja combater. E permito-me crer que somos companheiros de batalha, embora com armas diferentes.

Por este motivo, creio que o ataque de que foi alvo após a visita ao Santuário Nacional de São João Paulo II faz parte da narrativa mediática orquestrada, não para combater o racismo e para trazer ordem social, mas para exasperar as almas; não para dar justiça, mas para legitimar a violência e o crime; não para servir a verdade, mas para favorecer uma facção política. E é desconcertante que existam Bispos – como aqueles que denunciei recentemente – que, com as suas palavras, provam que estão alinhados no lado oposto. São subservientes ao deep state, ao globalismo, ao pensamento único, à Nova Ordem Mundial, que cada vez mais invocam em nome de uma fraternidade universal que não tem nada de cristão, mas que evoca, outrossim, os ideais maçónicos de quem gostaria de dominar o mundo expulsando Deus dos tribunais, das escolas, das famílias e talvez até das igrejas.

O povo americano é maduro e já compreendeu o quanto os media mainstream não querem difundir a verdade, mas silenciá-la e distorcê-la, difundindo a mentira útil para os propósitos dos seus senhores. É importante, no entanto, que os bons – que estão em maioria – acordem do torpor e não aceitem ser enganados por uma minoria de pessoas desonestas com fins inconfessáveis. É necessário que os bons, os filhos da luz, se juntem e levantem a voz. Que maneira mais eficaz de fazê-lo rezando ao Senhor para protegê-lo, Senhor Presidente, os Estados Unidos e toda a humanidade deste enorme ataque do Inimigo? Diante do poder da oração, cairão os enganos dos filhos das trevas, serão revelados os seus planos, mostrar-se-á a sua traição, não dará em nada o poder que assusta enquanto não é conduzido à luz e se mostra o que é: um engano infernal.

Senhor Presidente, a minha oração é constantemente dirigida à amada Nação americana, aonde tive o privilégio e a honra de ser enviado pelo Papa Bento XVI como Núncio Apostólico. Nesta hora dramática e decisiva para toda a humanidade, Vossa Excelência está na minha oração e, consigo, também aqueles que o apoiam no governo dos Estados Unidos. Confio que o povo americano se junte a mim e a si na oração a Deus Omnipotente.

Unidos contra o Inimigo invisível de toda a humanidade, abençoo-o a si e a Primeira-Dama, a amada Nação americana e todos os homens e mulheres de boa vontade.

 Carlo Maria Viganò,           
Arcebispo Titular de Ulpiana
ex-Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América