quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O futuro islâmico da Europa


Barcelona, em Espanha, quando grupos de pessoas se aglomeraram para exigir medidas
mais duras contra a crescente influência do islamismo nos quatro cantos do continente europeu, foram abordados por uma manifestação «antifascista». «Anti-fascistas» espancam um homem que eles afirmam ser «simpatizante da direita» em Las Ramblas, Barcelona, em 18 de Agosto de 2017.
(Foto Carl Court/Getty Images)

Guy Millière, Gatestone, 25 de Setembro de 2017
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Original em inglês: The Islamic Future
of Europe

Tradução: Joseph Skilnik

. Líderes europeus aceitaram a transformação de partes dos seus países em territórios inimigos. Vêem que um desastre demográfico está em andamento. Sabem que em duas ou três décadas a Europa será governada pelo Islão.
. Há dez anos, ao descrever o que ele chamou de «os últimos dias da Europa», o historiador Walter Laqueur salientou que a civilização europeia estava a morrer e que apenas antigos monumentos e museus sobreviveriam. O seu diagnóstico era muito optimista. Monumentos antigos e museus serão dinamitados. Não precisa ir longe, basta contemplar o que os partidários encapuzados de preto da «Antifa» – movimento «antifascista» totalmente fascista – estão a fazer com as estátuas nos Estados Unidos.

O ataque terrorista ocorrido em Barcelona provocou a mesma reacção suscitada em todos os ataques terroristas de larga escala perpetrados na Europa: lágrimas, orações, flores, velas, ursinhos de peluche e declarações públicas de que «o Islão significa paz». Quando grupos de pessoas se aglomeraram para exigir medidas mais duras contra a crescente influência do islamismo nos quatro cantos do continente europeu, foram abordados por uma manifestação «antifascista». Muçulmanos organizaram uma demonstração para defender o Islão, afirmavam que os muçulmanos que vivem em Espanha são as «maiores vítimas» do terrorismo. O presidente da Federação Espanhola das Sociedades Religiosas Islâmicas, Mounir Benjelloun El Andaloussi, falava numa «conspiração contra o Islão» salientando que os terroristas eram «instrumentos» do ódio islamofóbico. A prefeita de Barcelona, Ada Colau, chorou na frente das câmeras indicando que a sua cidade continuará a ser uma «cidade aberta» para todos os imigrantes. O governador da Catalunha, Carles Puigdemont usou praticamente as mesmas palavras. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, conservador, foi o único que ousou identificar, sem rodeios, o terrorismo jihadista. Quase todos os jornalistas europeus disseram que as palavras de Rajoy foram demasiadamente ríspidas.

Os jornais europeus de maior circulação que abordaram o abominável ataque terrorista, mais uma vez procuraram explicações para o que eles continuam a chamar de «inexplicável». O principal diário espanhol, El Paísdestacou num editorial que a «radicalização» é o amargo fruto da «exclusão» de determinadas «comunidades», acrescentando que a resposta deveria ser mais «justiça social». Em França o Le Monde deu a entender que os terroristas querem «incitar o ódio» enfatizando que os europeus devem evitar o «preconceito». No Reino Unido, o The Telegraph explicou que «os assassinos atacam o Ocidente porque o Ocidente é o Ocidente, não por causa do que ele faz» – mas referiu-se a «assassinos», não «terroristas» ou «islamistas».

Especialistas em antiterrorismo entrevistados pelas redes de TV realçaram que os ataques, perpetrados em todo o continente europeu a uma velocidade cada vez maior, tornar-se-ão ainda mais letais. Observaram que o plano original dos jihadistas de Barcelona era o de destruir a Catedral da Sagrada Família e matar milhares de pessoas. Os especialistas papagaiaram que os europeus terão mesmo que aprender a conviver com a ameaça da proliferação de massacres. Não apresentaram soluções. Inúmeros deles, mais uma vez, destacaram que os terroristas não são muçulmanos verdadeiros – e que os ataques «não têm nada a ver com o Islão».

Diversos líderes de países da Europa Ocidental tratam o terrorismo islâmico como algo que faz parte da vida quotidiana, que os europeus se devem acostumar – como algum tipo de aberração não relacionada ao Islão. Eles amiúde evitam falar de «terrorismo». Após o ataque em Barcelona, a chanceler alemã Angela Merkel emitiu uma breve manifestação de repúdio em relação a um evento «revoltante». Manifestou «solidariedade» ao povo espanhol e seguiu em frente. O presidente francês Emmanuel Macron tuitou uma mensagem de condolências manifestando-se sobre um «trágico atentado».

Por toda a Europa, manifestações de ódio são conscientemente marginalizadas. Conclamações para mobilização ou qualquer mudança séria na política de imigração vem unicamente da classe política descrita com escárnio como «populista».

Até a mais singela das críticas ao Islão suscita imediatamente indignação quase unânime. Na Europa Ocidental, os livros sobre o Islão que estão amplamente disponíveis foram escritos por autores próximos à Irmandade Muçulmana, como Tariq Ramadan. Livros «politicamente incorretos» também existem, mas são vendidos às escondidas, como se fossem contrabando. Livrarias islâmicas vendem adendas incitando a violência sem sequer escondendo o que estão a fazer. Dezenas de imãs, como Abdelbaki Es Satty, suposto arquitecto do ataque em Barcelona, continua pregando com impunidade. Quando são presos, são rapidamente libertados.

A submissão reina. O discurso em qualquer lugar, é que, apesar das crescentes ameaças, os europeus devem viver as suas vidas o mais rotineiramente possível. Mas os europeus vêem que as ameaças existem. Vêem que a vida não é nem um pouco normal. Vêem policiais e soldados nas ruas, proliferação de batidas policiais, controles rigorosos na entrada de teatros e lojas. Vêem a insegurança por todo o lado. A informação é para que ignorem a origem das ameaças, mas sabem qual é a origem. Afirmam que não têm medo. Milhares em Barcelona gritaram, «No tinc por» («não temos medo»). A verdade nua e crua é que estão morrendo de medo.

Inquéritos mostram que os europeus estão pessimistas e acreditam que o futuro será sombrio. As pesquisas de opinião também mostram que os europeus não confiam mais naqueles que os governam, mas estão com a sensação de que não têm escolha.

A reviravolta nas suas vidas ocorreu em pouquíssimo tempo, menos de meio século. Antes disso, na Europa Ocidental, um número não muito grande de muçulmanos, alguns milhares, encontravam-se no continente europeu – na sua maioria trabalhadores imigrantes de antigas colónias europeias. Eles deveriam ficar temporariamente na Europa, de modo que não foram estimulados a integrarem-se.

Foram-se multiplicando chegando a centenas de milhares, depois milhões. A sua presença tornou-se permanente. Muitos tornaram-se cidadãos. Pedir-lhes para se integrarem tornou-se inimaginável: a maioria deles parece considerar-se muçulmana em primeiro lugar.

Os líderes europeus desistiram de defender a sua própria civilização. Passaram a dizer que todas as culturas deveriam ser vistas da mesma maneira. Ao que tudo indica atiraram a toalha ao chão.

Os currículos escolares foram alterados. As crianças foram ensinadas que a Europa e o Ocidente tinham saqueado o mundo muçulmano – não que os muçulmanos tivessem, na realidade, invadido e conquistado o Império Bizantino Cristão, Norte de África e Médio Oriente, a maior parte da Europa Oriental, Grécia, Norte de Chipre e Espanha. As crianças foram ensinadas que a civilização islâmica era magnífica e próspera antes que a colonização pressupostamente viesse para devastá-la.

Os estados de bem-estar social, estabelecidos no período pós-guerra, começaram a criar uma grande subclasse de pessoas permanentemente presas na dependência, justamente quando o número de muçulmanos na Europa tinha duplicado.

Os bairros de habitação social de repente viraram bairros muçulmanos. O aumento do desemprego – afectando principalmente trabalhadores menos qualificados – transformou os bairros muçulmanos em bairros de desemprego em massa.

Organizadores comunitários vieram dizer aos muçulmanos desempregados que depois de saquearem os seus países de origem, os europeus usaram os trabalhadores muçulmanos para reconstruir a Europa e agora os estavam a tratar como utensílios inúteis.

O crime criou raízes. Bairros muçulmanos tornaram-se bairros de alta criminalidade.

Começaram a chegar os pregadores muçulmanos extremistas, reforçando o ódio à Europa. Disseram que os muçulmanos se devem lembrar quem eles são, que o Islão deve vingar-se. Explicaram aos jovens criminosos muçulmanos presos que a violência poderia ser usada por uma causa nobre: a jihad.

A polícia foi instruída a não intervir para não agravar a tensão. As regiões com elevada taxa de criminalidade tornaram-se zonas proibidas, solo fértil para o recrutamento de terroristas islâmicos.

Líderes europeus aceitaram a transformação de partes dos seus países em territórios inimigos.

Começaram os distúrbios, os líderes fizeram ainda mais concessões. Aprovaram novas leis restringindo a liberdade de expressão.

Quando o terrorismo islâmico atingiu a Europa pela primeira vez, os governantes não sabiam o que fazer. Continuam não sabendo. São prisioneiros de uma situação que criaram e que não têm condições de controlar. Ao que tudo indica sentem-se impotentes.

Necessitam como incriminar o Islão: isto é ilegal conforme as leis que aprovaram. Na maioria dos países europeus, o simples facto de questionar o Islão é censurado de «islamofobia». Isto acarreta em multas pesadas, para não dizer processos ou prisão (como aconteceu com Lars HedegaardElisabeth Sabaditsch-WolffGeert Wilders e George Bensoussan). Necessitam como restabelecer a lei e a ordem nas zonas proibidas: isto exigiria a intervenção do exército e a imposição da lei marcial. Não podem adoptar as soluções propostas pelos partidos que eles próprios colocaram na oposição à margem da vida política europeia.

Eles não podem sequer fechar as fronteiras, abolidas que foram em 1995 conforme o Acordo de Schengen. O restabelecimento dos controles de fronteira seria dispendioso e levaria tempo.

Parece que os líderes da Europa não têm nem a vontade nem os meios para se oporem ao influxo das ondas de milhões de migrantes muçulmanos de África e do Médio Oriente. Sabem que há terroristas escondendo-se no meio dos migrantes, mas apesar disso não os confrontam. Em vez disso, recorrem a subterfúgios e mentiras. Criam programas de «desradicalização» que não funcionam: os «radicais», ao que parece, não querem ser «desradicalizados».

Os líderes europeus tentam definir a «radicalização» como sintoma de «doença mental», pensam em contratar psiquiatras para resolver o caos. Na sequência falam em criar um «Islão europeu», totalmente diferente do Islão existente em qualquer outro lugar da Terra. Assumem posturas arrogantes para criar a ilusão de superioridade moral, assim como Ada Colau e Carles Puigdemont fizeram em Barcelona: dizem que têm princípios elevados, que Barcelona permanecerá «aberta» aos imigrantes. Angela Merkel recusa-se a encarar as consequências da sua política de importar imensos contingentes de migrantes. Critica veementemente países da Europa Central que se recusam a adoptar a mesma conduta.

Os líderes europeus podem ver que um desastre demográfico está em andamento. Sabem que em duas ou três décadas a Europa será governada pelo Islão. Tentam anestesiar as populações não muçulmanas com sonhos de um futuro idílico que jamais existirá. Dizem que a Europa terá que aprender a conviver com o terrorismo, que não há nada que se possa fazer em relação a isso.

No entanto há muito que se possa fazer, eles simplesmente não querem fazer – isso poderá custar-lhes os votos dos muçulmanos.

Winston Churchill a Neville Chamberlain: «você teve a oportunidade de escolher entre a guerra e a desonra. Você escolheu a desonra, você terá guerra». A verdade hoje é a mesma.

Há dez anos, ao descrever o que ele chamou de «os últimos dias da Europa», o historiador Walter Laqueur salientou que a civilização europeia estava a morrer e que apenas antigos monumentos e museus sobreviveriam. O seu diagnóstico era muito optimista. Monumentos antigos e museus serão dinamitados. Não precisa ir longe, basta contemplar o que os partidários encapuzados de preto da «Antifa» - um movimento «antifascista» totalmente fascista – estão a fazer com as estátuas nos Estados Unidos.

A Catedral da Sagrada Família de Barcelona foi poupada somente graças ao terrorista trapalhão que não sabia como lidar com explosivos. Outros lugares poderão não ter a mesma sorte.

É praticamente certo que a morte da Europa será violenta e sofrida: parece que ninguém está disposto a detê-la. Os eleitores ainda podem fazer alguma coisa, mas terão que fazê-lo agora, depressa, antes que seja tarde demais.





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