sexta-feira, 10 de junho de 2016
Cientista cria teoria que prova a existência
de Deus e ganha prémio
Sêny Soares, Ciência e Tecnologia,
Factos desconhecidos, 2 de Junho de 2016
Algo que pode parecer pouco provável é a junção entre religião e ciência, já que existem muitas diferenças de opinião entre uma e outra. No entanto, um cientista fez questão de comprovar a existência de Deus através dos seus estudos científicos.
Trata-se do polaco Michael Heller, que, além de cientista, é um dos teólogos mais célebres da Polónia. O que fez foi utilizar os seus conhecimentos sobre ciência e religião para provar algo que muitos duvidam que exista e que outros cientistas, já se haviam aventurado em desvendar, porém sem sucesso até agora. A existência de Deus, um criador para tudo o que conhecemos hoje.
Heller deu o nome de «Teologia da Ciência» para a tese que formulou, que por sinal é pioneira, e isso rendeu-lhe um dos prémios mais cobiçados na comunidade científica: em 2008 ganhou US$ 1,6 milhão, em Nova Iorque, da Fundação Templeton, que conta com cientistas do mundo inteiro.
Conheça então, a teoria formulada por Michael Heller:
A Teologia da Ciência
Heller explica a existência de Deus através da teoria do Big Bang, ou da formação do Universo, que se originou através de uma grande explosão. O Big Bang é hoje a teoria mais aceite para a criação do Universo, e diversas pessoas acreditavam que isso provava que o Universo não foi criado por Deus, este cientista decidiu ir um pouco mais além. E se o próprio Deus tivesse criado o Big Bang?
Diz ele que a ciência encontrou Deus neste momento, pois os cientistas não conseguem explicar o que originou esta grande explosão, já que ainda não provaram o que veio antes dela, e dificilmente vão conseguir provar. Os cosmólogos começam a sua explicação dizendo que o Universo estava originalmente muito quente e denso num algum tempo finito no passado e, desde então tem-se resfriado pela expansão ao estado diluído actual e continua em expansão actualmente, então essa teoria ainda é incompleta, porque não sabemos o que estava lá antes do Universo existir.
Explica que em todo o processo físico, uma coisa sempre origina a outra, ou seja, «um estado precedente é uma causa para outro estado que é o seu efeito. E há sempre uma lei física que descreve esse processo», refere ele.
Portanto como Deus deu o pontapé inicial, Ele ainda rege as leis da física. Sabemos como funcionam, mas não sabemos o seu sentido. Nas suas próprias palavras diz «A ciência dá-nos o conhecimento, e a religião dá-nos o sentido. Ambas são pré-requisitos para uma existência decente», ou seja, não descarta nem a religião nem Deus e assim une-os para dar sentido a tudo o que estudamos e vivemos.
Acredita muito na sua teoria e até chama mesmo as pessoas que não vêem que Deus colocou tudo aqui e que os cientistas apenas exploram a criação de um ser maior.
Críticas
Mas não acredite que todos os cientistas e cosmólogos adoraram a teoria de Michael, existem muitos cientistas que repudiam a sua teoria e até criticam mesmo o prémio Templeton por ter premiado o cientista.
Quem faz as críticas mais pesadas é o biólogo evolucionista Richard Dawkings, onde ele diz que o prémio de preferência é para pessoas que têm alguma coisa boa para falar de religião. Já os jurados dizem que ele Heller ganhou o prémio por apresentar conceitos originais sobre como o Universo surgiu, coisa que não acontece todos os dias.
Cientista e padre
Para se ter uma ideia melhor, Heller não é apenas uma pessoa aleatória que venceu um prémio milionário. Com 80 anos, o padre é doutor da filosofia (Ph.D) em cosmologia desde 1966. Ele actua como professor de filosofia da ciência e lógica no Instituto Teológico em Tarnow e dá aulas de filosofia na Pontifícia Universidade
de João Paulo II.
Durante alguns anos ele foi perseguido pelos soviéticos por causa dos seus estudos que iam contra a ideologia ateia comunista na região. Outra curiosidade é que ele conheceu o Papa João Paulo II.
E você, em que acredita? Acha que Heller pode estar certo? Comente aqui.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário