Padre Nuno Serras Pereira
As sentenças fétidas, nauseabundas e repugnantes que alguns bispos e
cardeais têm expectorado convulsivamente desde que Francisco desenfreou os
gnóstico-racionalistas capitaneados pelo tanto-diz-como-desdiz, Kasper de seu
nome (conhecido, entre outras enormidades, por rebelar-se contra a Dominus
Jesus, síntese do essencial da Fé, não só têm provocado uma enorme confusão
mas também um enormíssimo escândalo – no sentido próprio deste termo, a saber,
influenciar e conduzir os outros ao pecado e, acrescente-se, grandíssimo
pecado, corrompendo a Fé, os Sacramentos, a Lei Divina e a Moral Natural. E,
gigantesca e tristíssima ironia, tudo isto se passa no governo (reparar
bem que escrevi governo e não Magistério) de um Papa que
sistematicamente ruge contra a corrupção, sendo que a mais grave entre todas
é a da Fé, da recta Doutrina, ou seja da Verdade critério único da
Caridade e da Misericórdia.
O mal diluviano que se tem abatido cruelmente sobre os católicos e
demais humanidade por estes vómitos diabólicos perdurará durante muitas décadas
senão mesmo alguns séculos sobre o povo de Deus e todos aqueles a quem este é
vocacionalmente enviado em missão, independentemente do resultado do próximo
Sínodo sobre a Família e daquilo que o Santo Padre venha a dizer ou decidir.
É um mistério o que vai no íntimo e no pensamento de Francisco. Até
agora, quer como Arcebispo de Buenos Aires quer como Papa, é sentir comum que
no seu Magistério nada há de heterodoxo. No entanto, não se pode ignorar que
faz nomeações de bispos que publicamente advogam ensinamentos contrários aos do
Magistério perene da Igreja. Por outro lado, deparamo-nos com bispos e cardeais
que afirmam que o Papa lhes disse tal e tal coisa e outros que afirmam que
Francisco lhes disse exactamente o contrário. De modo que nos é impossível
saber se estes prelados mentem ou se o Papa (infelizmente, os Papas podem
pecar; a infalibilidade nada tem a ver com impecabilidade) diz a cada um aquilo
que acha que eles querem ouvir. Ou, talvez mais provavelmente tratar-se-á de um
problema complicado de comunicação. O que a ser assim deveria rápida e
profissionalmente ser resolvido.
Finalmente há as entrevistas e alguns improvisos que só vêm acrescentar
perplexidades e confusões.
Quando, por exemplo, o Papa em conferência de imprensa, na viagem
apostólica às Filipinas, afirma que «o povo nunca se engana», só podemos
concluir que esta asserção é falsa. Ou então, por exemplo, concluiríamos que o
povo na Irlanda ao votar sim ao falsamente denominado
casamento entre pessoas do mesmo sexo, no referendo, tinha razão, pois o povo
nunca se engana. Teria sido por isso que o Santo Padre tão loquaz em tantos
assuntos se absteve de se pronunciar sobre o horror que ali se passou?
Como será possível que um Sumo Pontífice num encontro com deficientes e
suas famílias diga que diante da crucifixão de Seu Filho Nossa Senhora terá
pensado que o Anjo da Anunciação era um aldrabão?!?! Ele há coisas que eu não
entendo, de todo.
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