quinta-feira, 16 de abril de 2015


Aleluia! Até que enfim! Aleluia!


Nuno Serras Pereira

Vários o deram a entender, mas, até agora, nenhum tivera a coragem de o dizer explicitamente, usando a palavra exacta e rigorosa, a saber, heresia. Foi o Cardeal Brandmuller. As propostas de Kasper, de Marx, da maioria dos bispos alemães e restantes sectários são heresias. Heresia é a negação obstinada, ou a dúvida pertinaz, da parte de qualquer baptizado, de alguma verdade que se deve crer com Fé Divina e Católica. É um grande crime e um pecado gravíssimo contra o 1.º Mandamento, sendo raiz e explicação de todos os desvios morais. Como ensina S. Paulo a «obediência da Fé» é a primeiríssima obrigação de um crente. A sua recusa consciente e livre é o pecado mais grave, o do orgulho, porque se opõe directamente a Deus. O desprezo de uma verdade Revelada por Deus ou a rejeição voluntária em a ela assentir conduz na prática à incredulidade. Um deus que se pudesse enganar ou nos pudesse enganar não seria Deus mas sim um ídolo ou um demónio.

É de extrema gravidade que se deixe grassar a heresia, propagada por prelados eminentes, dando mesmo a impressão que é favorecida ou até promovida.

Ninguém, espero eu, tem dúvidas de que o abuso sexual de menores por parte de qualquer adulto, mas principalmente, por membros do clero é inteiramente detestável e repudiável. Pois bem, por mais que isto choque a muitos, o cristianismo considera muitíssimo mais grave o crime de heresia, uma vez que, entre outras coisas, dele se originam os maiores males morais.

Combater sem tréguas o abuso de menores, a corrupção económica e os mexericos ou maledicência está muitíssimo bem; mas fazê-lo ignorando, descuidando ou mesmo dando a sensação que se favorece a heresia é coar mosquitos e engolir camelos, para usar uma expressão evangélica.

Que ninguém tenha dúvidas, o que se está a passar na Igreja Católica é medonho, e todos, mas mesmo todos, do mais simples fiel ao mais alto hierarca têm o grave dever de defender a Fé e os Mandamentos, quer pela oração, quer pelo sacrifício, quer pela palavra e pelo testemunho de vida. Já teve de ser assim em outros tempos difíceis para a Igreja, ninguém se sinta, por isso, dispensado. Todos teremos de responder diante do Supremo Juiz quando chegar a nossa hora.





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