Heduíno Gomes
Com fé e com a razão tanta quanta me é permitido, vou pronunciar-me, calcule-se, sobre a intercessão dos santos.
Pois se o padre Carreira das Neves vira a Bíblia do avesso, porque não hei-de eu também ousar teologizar?
Pois se o frei Bento Domingues teologiza à moda da libertação, ...
Pois se o padre Anselmo Borges é que diz saber como a Igreja se deveria governar, ...
Pois se o padre Tolentino da Capela do Rato ratifica a cultura e tudo o mais, ...
Pois se já ouvi um padre, numa homilia, dizer que, há 2000 anos, o acontecimento histórico importante não foi o nascimento de Jesus mas sim o recenseamento no império romano, que integrava a Judeia...
Sim, perante tudo isto, porque não hei-de eu também ousar teologizar?
A questão teológica corrente é a seguinte. Dado o tão grande número de santos modernamente colocados nos altares (mesmo assim certamente em número inferior ao de santos que discretamente vão passando pela terra nos nossos dias), alguns crentes poderão interrogar-se sobre a capacidade de intercessão de certos deles, e por isso poderão ficar com receio de as suas preces não chegarem a Deus caso tenham pedido a intercessão de algum menos habilitado. Será o santo x mesmo santo para poder comunicar com Deus? –dúvida possível desses crentes.
A minha teologia caseira diz-me que esses crentes podem estar tranquilos porque, mesmo que as suas preces tenham sido apresentadas a alguém não deveras santo, como a intenção é que conta para Deus, e dada a Sua omnisciência, as preces chegam sempre ao Destinatário. Repito, mesmo que o suposto intercessor não esteja em condições de sê-lo por não participar na comunhão dos santos.
O
Santo Padre Pio, vendo-se os seus estigmas nas mãos.
Deus é que sabe, mas tudo
indica ser um autêntico intercessor.
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O
Santo Condestável,
outro exemplo de santidade.
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