Heduíno
Gomes
A
defesa da Civilização não é novidade na literatura política portuguesa.
Contudo, por pressão ideológica da esquerda, principalmente daquela esquerda
mais badalhoca, a anarco-liberal, tornou-se politicamente incorrecta.
Civilização? Valores morais? Regras entre as pessoas? Religião? Isso é tudo
reaccionário! Isso é voltar ao antigamente, ao fascismo (???)!
Nos
anos 90 do século XX, apesar do ambiente ideológico adverso, a revista Lusitânia
Expresso acentuou a defesa do conceito de Civilização. Mas não tardou que
alguns dos próprios inimigos da Civilização passassem a recuperar a palavra
adulterando o conceito. Passaram então a adoptar a linguagem da «civilização»,
dos «avanços» e «conquistas civilizacionais», enquanto designavam
com isso precisamente retrocessos civilizacionais, fenómenos bárbaros, contra o
ser humano e a natureza.
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