O Presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, apoiou que sejam admitidos invertidos nos Boys Scouts (escuteiros), logo depois de esta organização anunciar
que está reconsiderando modificar as suas políticas sobre esse assunto.
O mandatário fez esta afirmação em entrevista televisiva para a cadeia CBS antes do Super Bowl do futebol americano, o evento desportivo mais
importante dos Estados Unidos com a maior quantidade de telespectadores em todo
o país; e um dos mais vistos do mundo.
Obama disse que está de acordo que os Scouts
permitam invertidos dentro dos seus grupos e que ocupem cargos de liderança
porque, na sua opinião, os invertidos devem ter as mesmas oportunidades «em
todas as instituições e âmbitos da vida».
Através de um comunicado em 28 de Janeiro, o director de relações públicas da
organização, Deron Smith, anunciou que o grupo «está discutindo a eliminação da
restrição nacional de filiação que expõe o tema da orientação sexual».
Este anúncio produziu severas críticas e preocupação por parte das organizações
religiosas e seculares que apoiam o movimento Scout.
Nos últimos meses quando se registrou a
proibição de membros invertidos no movimento, muitos dos doadores mais
expressivos – incluindo Intel, UPS e Merck – deixaram de apoiar economicamente os Boy Scouts.
O Presidente de Pais e Amigos de Ex-invertidos e Invertidos, Greg Quilan
lamenta que a decisão dos Boy Scouts
de rever esta política se deva a pressões económicas de um ou mais dos seus
contribuintes financeiros principais e advertiu que «o dinheiro que vem com
condições perigosas não é uma doação, é um suborno».
Quinlan, que se identifica como um ex-invertido, disse que «se as crianças e
jovens forem expostas a um homem com condutas invertidas, estarão promovendo
este tipo de comportamento como algo normal, natural e até saudável».
«Os jovens podem interpretar e questionar a sua própria sexualidade e terminar
afirmando-se invertidos. Os Boy Scouts
estão dependentes dos seus líderes e querem imitá-los e seguir o seu exemplo»,
explicou.
Quinlan, que atribui a sua passada conduta invertida ao abuso sexual que sofreu
quando era jovem, expressou a sua consternação com a revisão da política
interna dos escuteiros, já que com a aceitação de invertidos nos grupos de scouts poderia aumentar o número de
abusos de menores.
O
líder Scout em Filadelfia, Andrew
Hill, em diálogo com o grupo ACI em
31 de Janeiro, expressou a sua decepção pela notícia: «os Boy Scouts não são mais uma organização ou outra pessoa pública que
cede à pressão da sociedade».
«Estes são os tempos em que vivemos, e como católicos, temos que seguir adiante
conscientes desta realidade», disse Hill.
O director de comunicações da diocese de Arlington na Virginia, Michael
Donohue, declarou ao grupo ACI, que «é
uma bênção que os Scouts dos Estados
Unidos tenham tido ao longo destes anos a claridade e a coragem de enfrentar
esta imensa pressão cultural, política e jurídica».
A diocese de Arlington, patrocina 68 tropas de Scouts. Donohue disse ainda que «qualquer mudança substancial na
missão ou nas políticas, requereria um exame cuidadoso» e acrescentou que os
funcionários diocesanos de todo o país estão à espera do comunicado da associação
que sairá da sua próxima reunião no Texas.
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