domingo, 18 de novembro de 2012

«Não tiremos Deus da família!», pede cardeal mexicano


O Arcebispo do México, cardeal Norberto Rivera, criticou a ideologia do género e pediu aos mexicanos para impedir que Deus saia das famílias, como aconteceu noutros campos da vida quotidiana.
«Tiramos Deus de muitos campos da vida: da escola, do desporto, dos meios de comunicação, da política, da economia e também da investigação a favor da vida que é o maior perigo. Cuidado, não tiremos Deus da família! Perdendo o sentido de Deus, perdemos a nossa identidade como sendo Sua imagem e semelhança», advertiu durante a missa dominical.
Na sua homilia, o cardeal defendeu a diferença e a complementariedade que existe entre o homem e a mulher, e ambas querem ser anuladas pela ideologia do género. «A diferença corporal, chamada sexo, minimiza-se e considera-se um simples efeito dos condicionamentos socioculturais. Evidencia-se, assim, como máximo, a dimensão estritamente cultural, chamada género», assinalou.
O arcebispo disse que «daí vem o questionamento da índole natural da família, composta por pai e mãe, a equiparação da homossexualidade à heterossexualidade, a proposta de uma sexualidade polimorfa. Segundo isto, a natureza humana não leva em si mesmo características que se imporiam de maneira absoluta: toda a pessoa poderia ou deveria configurar-se segundo os seus próprios desejos, livre de toda a predeterminação biológica».
Diante disso, o cardeal Rivera chamou a «redescobrir a dignidade comum do homem e da mulher, no reconhecimento mútuo e na colaboração».
«O homem e a mulher estão em relação recíproca. O corpo humano, marcado pelo selo da masculinidade ou da feminilidade, é chamado a existir na comunhão e no dom recíproco. Por isso o matrimónio é a primeira e a fundamental dimensão desta vocação. Embora transtornadas e obscurecidas pelo pecado, estas disposições originárias do Criador não poderão ser anuladas nunca», afirmou.

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