sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sacerdotes devem vestir-se como tal



Famoso exorcista Pe. Fortea:


O famoso sacerdote exorcista espanhol José Antonio Fortea assinalou a importância dos sacerdotes vistiremm a batina, como um sinal de consagração a Deus e de serviço aos fiéis.

Numa entrevista durante a sua visita ao Peru, onde participou na solenidade de Corpus Christi na cidade de Trujillo, na costa norte do país, o Pe. Fortea indicou que «os clérigos devem vestir-se da mesma forma que os sacerdotes mais exemplares se vestem nessas terras, porque ir identificado é um serviço».

Depois de destacar que é obrigação da Conferência Episcopal de cada país determinar qual é o melhor sinal sacerdotal, o Pe. Fortea indicou que «a minha recomendação a respeito deste tema é que o sacerdote se identifique como tal».

O Código de Direito Canónico, no artigo 284, indica que «os clérigos têm de vestir um traje eclesiástico digno, segundo as normas dadas pela Conferência Episcopal e segundo os costumes legítimos do lugar».

Por outra parte, a Congregação para o Clero expressou «que o clérigo que não use o traje eclesiástico pode manifestar um escasso sentido da própria identidade de pastor inteiramente dedicado ao serviço da Igreja».

«Numa sociedade secularizada e tendencialmente materialista, onde tendem a desaparecer inclusive os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero, homem de Deus, dispensador de Seus mistérios, seja reconhecível aos olhos da comunidade, também pela roupa que leva, como sinal inequívoco da sua dedicação e da identidade de quem desempenha um ministério público», assinala o documento vaticano.

O Pe. Fortea destacou que «não vamos identificados porque gostamos. Pode ser que gostemos ou não. Vamos (identificados) porque é um serviço para os fiéis, é um sinal de consagração, ajuda a nós mesmos».

O presbítero reconheceu a dificuldade de que a um sacerdote a quem desde o seminário não lhe ensinou sobre o valor do hábito de usar a batina, mude depois. Entretanto precisou que nos últimos isto anos «foi mudando para melhor».

«É fácil mantê-lo (o hábito), é difícil começá-lo. Mas o sacerdote deve ir identificado», assinalou.

Ao ser consultado se o costume de não usar a batina guarda alguma relação com a teologia marxista da libertação, o Pe. Fortea assinalou que «agora as coisas já mudaram».

«Foi nos anos 70, 80, onde todos estes sacerdotes se viam a si mesmos mais como pessoas que ajudavam à justiça social. Ali não tinha sentido o hábito sacerdotal, o hábito sacerdotal tem sentido como sinal de consagração».

Para o famoso exorcista, «agora já passou isso, mas ficou o costume de não vestir-se como tal e claro, é difícil, eu entendo que é difícil. Mas estas coisas estão mudando pouco a pouco».

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