domingo, 12 de setembro de 2010

A necessidade de um candidato

Abel Matos Santos, Público, 25 de Agosto de 2010 (Extractos)

É necessária uma candidatura alternativa no espaço do centro-direita, numa franja a que os media chamam «ala católica»

Desde que o actual Presidente Cavaco Silva assumiu funções, revelando uma conduta titubeante, cautelosa, medrosa até, que uma larga franja do eleitorado que o elegeu não lhe quer dar o voto em 2011.

Isto não seria problema, se tivesse aparecido uma alternativa à sua candidatura, coisa que ainda não aconteceu, deixando «órfãos» de candidato presidencial milhares de portugueses que se desiludiram com Cavaco e não se revêem na sua atitude passiva, de agradar a todos, abdicando dos princípios que diz defender, em prol de uma paz podre, que faz lembrar os piores tempos de Guterres, no seu desastrado Governo socialista.

Por isso muitos de nós, portugueses preocupados com o rumo que o País tomou e com o que de perigoso e estéril se avizinha, temos insistido na necessidade de uma candidatura alternativa no espaço do centro-direita, em particular uma franja organizada da sociedade portuguesa que agora os media decidiram apelidar de «ala católica».
Na verdade, um desígnio que todos cada vez mais dizem ser fundamental, para obrigar à discussão de temas estruturantes e fundamentais da nossa vida em sociedade.

(...)

(...) nós, os que não concordamos com as atitudes que Cavaco Silva tem tomado, não podemos senão desejar que haja no nosso espaço político outro candidato que possa obrigar à discussão do que interessa para o país e, existindo boa fé e inteligência concordantes, persuadir o Presidente que venha a ser eleito da indispensável tomada em conta das nossas convicções. É para isto que outra candidatura de peso à direita faz falta.

(...)

Nós, a «ala católica», e os demais concidadãos, temos a obrigação de lhes [aos potenciais candidatos da área católica] pedir esse esforço, esse sacrifício em nome de Portugal, e temos também a obrigação de lhes criar as condições necessárias a uma participação digna, a uma participação cívica que revele e elucide o que são as candidaturas da esquerda, mas acima de tudo que ajude a «iluminar» Cavaco Silva, que sem chama parece baralhado, confuso e diz-se à boca fechada, sem se deixar aconselhar.



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