segunda-feira, 19 de abril de 2010

A falta de profissionalismo e mentiras
da Associated Press

Em resposta a uma recente reportagem da Associated Press (AP), o porta-voz da diocese do Oakland (Califórnia, Estados Unidos) Mike Brown, explicou que o Pe. Stephen Kiesle -- ao qual se refere a informação que busca apresentar o Papa Bento XVI como seu "encobridor"-- já "não tinha nenhuma função sacerdotal na diocese" logo depois das acusações por abusos que cometeu em 1978. Indicou também que a referida agência nunca comunicou com eles para conhecer a sua versão dos factos.

O caso que a AP apresentou sobre o Pe. Stephen Kiesle, que foi acusado de abusar de dois menores em 1978, tentava apresentar ao então Cardeal Ratzinger como seu encobridor, mostrando na primeira página uma carta assinada por ele, em latim, em 1985. A mesma agência reconhecia que o texto era parte de "anos de correspondência entre a diocese e o Vaticano".

Em declarações à agência ACI Prensa, Mike Brown explicou que a AP não contactou a diocese para confirmar ou comentar a notícia publicada há alguns dias, que pretendeu apresentar como "o golpe mais duro contra o pontificado de Bento XVI".

Brown assinala também que "em 1979 pouco depois de sua prisão e de todos estes cargos, o Bispo John Cummins retirou o Pe. Kiesle formalmente do ministério activo na diocese. E desde esse período de Novembro de 1979 em diante, este presbítero não cumpriu nenhuma função sacerdotal na mesma".

Com esta explicação o porta-voz desmente as acusações feitas pela AP nas quais se alegava que o Pe. Kiesle tinha continuado a cometer abusos.

O porta-voz da diocese de Oakland insistiu em que as acusações sobre o Pe. Kiesle "abusando uma e outra vez durante o período prévio à sua expulsão do estado clerical são absolutamente incorretas".

Por outra parte, o fundador da Ignatius Press, Pe. Joseph Fessio, adverte outra falta de profissionalismo da AP: a carta do então Cardeal Ratzinger não se refere a nenhuma medida de disciplina para o Pe. Kiesle e sim à dispensa dos seus votos. Em 1985, a Congregação da Doutrina da Fé que presidia o agora Papa Bento XVI não se encarregava destes casos. Ela começou a fazê-lo em 2001.

Com esta desinformação da AP, explica o Pe. Joseph Fessio, o único que a citada agência de imprensa demonstrou é "ser extremamente não-profissional jornalisticamente falando".

"Quando se faz este tipo de informação, deve-se procurar as pessoas que saibam como funciona a Igreja, o quê é o direito canónico. Não podem imprimir assim sem nenhuma razão, sem antes ter falado com gente competente a esse respeito", acrescentou.

"Por não ter feito isso, a AP demonstrou um jornalismo não-profissional do pior tipo", concluiu.






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