O Papa recebeu neste sábado os participantes da Assembleia Plenária da Academia Pontifícia para a Vida, que entre 11 e 13 de Fevereiro debateu no Vaticano o tema da bioética e da lei natural.
«A vida humana seja sempre reconhecida como direito inalienável e nunca como objecto sujeito à arbitrariedade do mais forte».
«A história mostrou o quanto pode ser perigoso e prejudicial que um Estado legisle sobre questões que afectam a pessoa e a sociedade, pretendendo ser ele próprio fonte e princípio da ética.»
... «sem o princípio universal que permita verificar um denominador comum para toda a humanidade, o risco de uma deriva relativista a nível legislativo não deve ser subestimado».
«A lei moral natural (…) permite evitar esse perigo e, sobretudo, oferece ao legislador a garantia de um autêntico respeito pela pessoa.»
No seu discurso, o Papa salientou que as questões relacionadas com a bioética colocam em primeiro plano o «princípio fundamental» da dignidade da pessoa, sem o qual «seria difícil encontrar uma fonte para os direitos da pessoa e impossível chegar a um juízo ético em relação às conquistas da ciência que intervêm directamente na vida humana.»
«Não existe uma compreensão da dignidade humana ligada apenas a elementos externos, como o progresso da ciência, a progressividade na formação da vida humana ou o sentimento de piedade fácil perante situações extremas. Quando se invoca o respeito pela dignidade da pessoa, é essencial que ela seja pleno, total e irrestrito»...
«Desde o primeiro momento, a vida do homem é caracterizada por ser vida humana», e por isso é sempre portadora «de dignidade própria». Ao contrário, «estamos perante o perigo de um uso instrumental da ciência, com a consequência inevitável de cair facilmente na arbitrariedade, na discriminação e no interesse económico do mais forte».
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