sábado, 24 de outubro de 2009
Uma universidade (pouco) católica
A Universidade Católica Portuguesa, mais precisamente a Faculdade de Filosofia do Centro Regional de Braga, vai organizar um Congresso sobre sexualidade que terá lugar 6 E 7 DE NOVEMBRO DE 2009. Nada a apontar se não fosse o caso de alguns dos ilustres convidados serem figuras que publicamente assumiram posições sobre a sexualidade contrárias à doutrina da Igreja.
Neste caso, refiro-me a Júlio Machado Vaz, conhecido pelas suas posições liberais sobre sexualidade e feroz defensor do aborto. A outra ilustre figura, Eduardo Sá, é a mesma que orientou o recente estudo publicado no DN, no qual se defendia, com argumentos pouco científicos e muito ideológicos, a adopção de crianças por homossexuais.
Conhecidas as posições públicas destes oradores sobre a temática da sexualidade, em muitos casos contrárias às da doutrina da Igreja, é legítimo perguntar-se:
1) Porque dá a Universidade Católica tempo de antena a estas personagens?
2) Qual o objectivo evangelizador da iniciativa?
3) Que utilidade formativa tem um debate desta natureza organizado por uma universidade que se intitula de católica? A dúvida é reforçada pelo texto que se pode ler na carta de apresentação do referido congresso:
Este Congresso tem a ambição de reflectir sobre estas questões no quadro dos valores do humanismo de inspiração cristã. Repensar, em diálogo com a actualidade, os modos de inscrição da sexualidade no ser e no agir do homem: no corpo, nos sentimentos, nas relações interpessoais, na visão do mundo e da vida, no projecto de formação para a felicidade.
Por fim, julgava que a Universidade Católica tinha por missão contribuir para a transmissão de conhecimento sob inspiração cristã. Através desta iniciativa, ficamos com a sensação de que a Universidade Católica capitula - e assume que precisamos todos de ser "modernos" - chamando para prelectores os sexólogos da moda que, obviamente, propagam uma sexualidade superficial e hedonista. Dito de outra maneira, conhecendo o pensamento destes oradores sobre a temática da sexualidade a sua inclusão neste congresso confunde os cristãos e transmite uma ideia perigosa: como não os podemos vencer, juntamo-nos a eles.
Como católico exprimo a minha indignação e lanço a pergunta: Não há ninguém que ponha ordem nisto?
[Do blog O Inimputável ]
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